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Senado dos EUA acusa Credit Suisse de violar termos de acordo criminal

Senado dos EUA havia estabelecido acordo criminal com o banco em 2014, que supostamente não foi cumprido

Senado dos EUA acusa Credit Suisse de violar termos de acordo criminal
Fachada de um prédio do Credit Suisse, em Winterthur, na Suíça (Foto: Reuters/Arnd Wiegmann)

O Credit Suisse violou os termos de um acordo criminal de 2014, no qual o banco suíço prometia parar de ajudar americanos a esconder ativos das autoridades fiscais dos EUA, segundo relatório do Senado americano divulgado nesta quarta-feira (29).

A equipe democrata do Comitê de Finanças do Senado alega que o Credit Suisse falhou em relatar transferências bancárias vinculadas ao que diz ser uma conspiração fiscal criminosa envolvendo quase US$ 100 milhões em poder de uma família com dupla cidadania nos EUA e na América Latina.

O banco também, parcialmente em resposta ao inquérito do comitê, recentemente identificou mais contas que podem estar vinculadas a americanos.

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“É profundamente preocupante que, quase nove anos depois de executivos afirmarem perante o Congresso que o banco iria sanear suas operações, o Credit Suisse ainda esteja revelando centenas de milhões de dólares em contas secretas no exterior pertencentes a ricos contribuintes dos EUA”, afirma o relatório.

A conclusão do documento é mais um revés para o Credit Suisse, que está sendo comprado pelo concorrente UBS, em uma operação emergencial intermediada por reguladores suíços. Como parte do acordo, o UBS aceitou assumir os substanciais passivos legais do Credit Suisse.

Em seu acordo judicial de 2014 com o Departamento de Justiça, o Credit Suisse admitiu que ajudou americanos a sonegar impostos por anos. Na ocasião, o banco concordou em pagar US$ 2,6 bilhões em multas e garantiu que passaria a cumprir a lei dos EUA.

O relatório do Senado sugere que há brechas no sistema dos EUA para a localização de contas estrangeiras de americanos e pede à receita federal do país (IRS) e ao Departamento de Justiça que aprofundem as investigações. O documento diz ainda que o governo suíço ou qualquer entidade que compre o Credit Suisse deve ser responsável por multas decorrentes de violações do acordo judicial de 2014.

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