Cerca de 3.244 novos fundos de investimentos foram criados em 2023, o que representa uma queda de 9,26% ante 2022, segundo o Mapa dos Fundos no Brasil, elaborado pela plataforma de informações financeiras Nelogica/Comdinheiro. Os dois anos citados foram de resgates líquidos para a indústria, sendo 2023 de uma saída mais forte, de quase R$ 128 bilhões.
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“Essa contração faz parte da dinâmica da indústria de Fundos. Vindo de anos difíceis e taxa de juros elevada, o investidor acaba ficando mais acomodado nos produtos tradicionais (CDBs e Tesouro Direto, por exemplo), e deixa de buscar por alternativas mais sofisticadas como os fundos multimercados”, explica Filipe Ferreira, diretor da Nelogica para Comdinheiro.
Nesse cenário, os fundos de renda fixa voltaram a elevar sua fatia no mercado, para 61,7%, resultado que vinha em queda desde o seu auge em 2017 (74,57%). Os multimercados, que vinham reduzindo a participação desde 2019, também voltaram a crescer, representando 30,15% da indústria.
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Ainda segundo o levantamento, São Paulo e Rio de Janeiro concentram 96,06% do total de fundos de investimento criados no ano passado. Sergipe (0,01%), Bahia (0,03%) e Goiás (0,05%) têm o menor porcentual de fundos do País. Além disso, 14 Estados – Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas – não possuem nenhum fundo local.
Considerando o patrimônio líquido, São Paulo e Rio de Janeiro detém quase 95% do total investido, seguido com uma grande distância do terceiro colocado, o Rio Grande do Sul, com 2%.