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‘CVM dos EUA’ vai atrás de Elon Musk, de novo. Entenda os motivos

Reguladores investigam depoimento do bilionário e divulgação tardia da compra de ações do Twitter

‘CVM dos EUA’ vai atrás de Elon Musk, de novo. Entenda os motivos
Elon Musk, CEO da Tesla. (Foto: Divulgação/Tesla)

Elon Musk está mais uma vez na mira da Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. De acordo com reportagem publicada pelo Wall Street Journal, o órgão investiga a divulgação tardia feita pelo bilionário a respeito da compra de ações do antigo Twitter, antes de Musk assumir o controle da empresa. A suspeita é de que ele e seu conselheiro tenham descumprido a exigência de revelar sua propriedade ao ultrapassar a marca de 5% do controle acionário da rede social.

Trechos do depoimento fornecido à SEC sugerem que Musk não teria procurado aconselhamento jurídico sobre como seguir a regra, ao expandir sua participação na empresa. Assim, ele teria esperado para divulgar sua participação até atingir mais de 9% do controle, seguido da oferta para ingressar no conselho, segundo documentos judiciais. No entanto, o periódico estadunidense afirma que o consultor do bilionário teria declarado a realização de consulta jurídica — acusando uma contradição.

O depoimento pode sustentar a hipótese de violação da regra, visando manter seu controle em segredo, para evitar eventual valorização das ações do Twitter, enquanto Musk as comprava. Essa deve ser a linha argumentativa dos advogados do Sistema de Pensões e Aposentadorias dos Bombeiros de Oklahoma, autores do pedido. A defesa de Elon Musk não se posicionou em juízo à respeito da queixa. Em outras oportunidades, os advogados do dono da SpaceX, do X e da Tesla (TSLA34) contestaram a versão apresentada pelo sistema de pensão dos bombeiros.

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Até o momento, a SEC não tomou nenhuma medida em decorrência dessas negociações envolvendo Elon Musk e o antigo Twitter. Uma vez formalizada a queixa por fraude, os reguladores da SEC podem pedir a um tribunal que afaste o bilionário das funções exercidas em empresas de capital aberto. Isso impactaria diretamente o cargo de Musk como CEO da fabricante de veículos elétricos Tesla.

*Com informações do Broadcast