O dólar à vista fechou em leve alta de 0,01%, cotado a R$ 5,4524 a sessão de negócios desta quarta-feira, após uma tarde de enfraquecimento rondando a estabilidade com pouco espaço para a valorização do real. Na semana, a divisa acumula alta de 3,27%. A definição do sinal veio após a divulgação da ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed) com a divisa dos Estados Unidos amenizando a trajetória de baixa no exterior, uma vez que o documento indicou nenhuma chance de corte nos juros por lá. No entanto, ao mesmo tempo, na medição do CME Group, para a próxima reunião, em março, a visão por uma alta de juros de 50 pontos base passou de 59,5% para 61,4% após a publicação da ata, o que, se concretizado, tira força da moeda global perante outras fortes e também de pares emergentes.
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Para Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, foi um dia de dois extremos, pois a divisa abriu o dia ainda repercutindo as expectativas ruins do ponto de vista fiscal, tanto pelas notícias que já se tinha, como a sinalização de revogação do teto de gastos e a política de preços da Petrobras.
No entanto, operadores de câmbio notaram que, ao se aproximar da marca dos R$ 5,50, houve um forte movimento técnico de desmonte de posições, com os investidores realizando lucro. Isso fez com que o dólar amainasse durante a manhã. No meio do dia, entretanto, a divisa voltou a ganhar força, principalmente em meio à solenidade e discurso de posse do vice-presidente, Geraldo Alckmin, como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic).
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Após o meio do dia, a Bolsa acelerou e juros e câmbio desaceleraram bem. Basicamente uma reação do mercado à sinalização do futuro presidente da Petrobras Jean Paul Prates de que não haverá interferência na política de preços da empresa. Ele reafirmou após posse de Alckmin que não haverá intervenção no preço do produto e que o papel da estatal é de cumprir o que o mercado e o governo criam de contexto.
No exterior, o índice DXY, que mede a variação do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, manteve-se em queda na faixa dos 104,200 pontos. Na ata da reunião, os dirigentes do Fed avaliaram que a redução no ritmo da alta de juros poderia ajudar com as metas de inflação e máximo emprego nos Estados Unidos. Na ocasião, o banco central americano reduziu o ritmo de elevação de juros de 0,75 ponto porcentual para 0,50 ponto porcentual, para a faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
“Uma redução do ritmo dos aumentos neste encontro permitiria que o Comitê avalie de forma melhor o progresso econômico para atingir os objetivos de máxima empregabilidade e estabilidade de preços, já que a política monetária se aproxima de um patamar que é suficientemente restritivo para conquistar essas metas”, descreve a ata da reunião, realizada nos dias 13 e 14 de dezembro.