O dólar hoje abriu o pregão em leve queda de 0,09%, a R$ 5,4586. Nesta quarta-feira (25), o foco dos investidores no Brasil está no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial. Em setembro, o indicador subiu 0,13%, após alta de 0,19% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Em setembro de 2023, o índice tinha aumentado 0,35%. Esse é o menor valor desde 2022, quando houve deflação de 0,37%. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 registra alta de 4,12%, abaixo dos 4,35% anteriores. O resultado ficou abaixo da mediana das projeções de 4,28%. A meta de inflação para 2024 do Banco Central é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual.
O principal impacto no mês foi da energia elétrica, que subiu 0,84%, influenciada pela bandeira tarifária vermelha. O IPCA-15 é calculado com base em uma cesta de consumo de famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos, abrangendo 11 regiões do país.
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No cenário externo, William C. Dudley, ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de Nova York, afirmou que a melhor justificativa para a decisão de reduzir a taxa de juros em meio ponto percentual foi o fato de a inflação estar se aproximando da meta de 2%. Segundo Dudley, essa foi claramente uma decisão de Jerome Powell, presidente do Fed, com base nas projeções econômicas.
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O ex-executivo explicou que o banco central americano sempre segue o princípio de que, quanto maior a confiança de que a inflação atingirá a meta de 2%, mais adequado será começar a cortar as taxas de juros. Durante sua participação na JSafra Brazil Conference 2024, na terça-feira (25), ele ressaltou que o mercado de trabalho começou a desacelerar, com vários indicadores mostrando que o setor estava menos aquecido em comparação com alguns meses antes.
Ele mencionou que os dados sobre salários, vagas de trabalho não preenchidas e trabalhadores desempregados estavam caindo para níveis abaixo dos registrados durante a pandemia. Por fim, Dudley destacou que os dois objetivos do Fed — inflação de 2% e pleno emprego sustentável — estavam equilibrados, e que, quando esses objetivos estão desequilibrados, a política monetária precisa ser neutra.
Ontem, o dólar fechou em forte queda de 1,32% frente ao real, cotado a R$ 5,462.