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Dólar hoje: moeda se mantém acima dos R$5,50 após dados de inflação dos EUA

O Banco Central informou que o setor público teve déficit primário de R$ 63,895 bi

Dólar hoje: moeda se mantém acima dos R$5,50 após dados de inflação dos EUA
Foto: Envato Elements

O mercado de câmbio pode ficar instável em dia da disputa técnica em torno da definição da taxa Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro), a última do mês de junho, do segundo trimestre e do primeiro semestre. A Ptax desta sexta-feira (28) servirá de referência para os ajustes de contratos cambiais, carteiras de investimentos e balanços corporativos relativos ao período. Além disso, há outros fatores divergentes que podem influenciar.

Às 9h27, o dólar à vista subia 0,08%, a R$ 5,5123. O dólar para agosto ganhava 0,06%, a R$ 5,5310

Altas do petróleo e do minério de ferro podem ajudar o real, assim como o recuo do dólar ante outras divisas principais e algumas emergentes e ligadas a commodities, como peso mexicano e rand sul africano. Além disso, o dólar à vista vem acumulando ganhos de 1,23% na semana, de 4,89% em junho e de 13,48% neste ano, o que pode justificar pressão de baixa, seja por realização de lucros ou defesa de interesses técnicos de vendidos em contratos cambiais (defendem a queda do dólar).

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Pode ser limitado o efeito da decisão da Fitch Rating, que reafirmou a classificação do Brasil em BB, com perspectiva estável. A agência de risco aponta a “economia grande e diversa” e a alta renda per capita do País como pontos que sustentam o rating brasileiro.

Por outro lado, o avanço dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa) pode dar impulsiono ao dólar, em meio à espera dos dados dos EUA, principalmente a inflação PCE (Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal) de maio (9h30), que pode mexer nas apostas para a trajetória de juros nos EUA. Também as incertezas fiscais no Brasil seguem no radar dos investidores.

Na quinta-feira (27), o dólar à vista se firmou em baixa moderada na última hora de negócios, após trocas de sinais principalmente pela manhã, e encerrou em queda de 0,22%, cotado a R$ 5,5075, em meio a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a política fiscal e a uma diminuição dos ganhos do dólar em relação a outras divisas latino-americanas, em especial o peso mexicano.

Na agenda local, os investidores ficam atentos ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em painel no Fórum de Lisboa (10h30) e, no Rio, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, faz palestra (14h00). Saem ainda os dados de desemprego da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do trimestre até maio (9h00).

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Nesta sexta-feira (28), o Banco Central informou que o setor público teve déficit primário de R$ 63,895 bi em maio, maior que a mediana projetada pelo mercado, de déficit de R$ 59 bilhões. As estimativas, todas negativas, iam de R$ 70 bilhões a R$ 26,8 bilhões.

O presidente Lula afirmou nesta manhã que o governo está com muita disposição de negociar a dívida dos estados e que está pré-disposto a negociar a dívida da Vale (VALE3) com as regiões que foram atingidas pela ruptura de barragem. “Com proposta do Tesouro, vou reunir Pacheco e governadores para fechar acordo da dívida [dos Estados].”

No exterior, além do PCE, são esperados o PMI (Índice de Gerentes de Compras) dos EUA pelo ISM (Instituto para Gestão da Oferta)/Chicago (10h45), o índice de sentimento do consumidor pela Universidade de Michigan, com as expectativas de inflação em 1 e 5 anos (11h00). O presidente do Federal Reserve (Fed) de Richmond, Thomas Barkin, e o membro do Banco Central Europeu (BCE) François Villeroy de Galhau participam de conferência do Banco da França (7h40). A diretora do Fed Michelle Bowman participa de evento (13h00).