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- As contas públicas devem apresentar um déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024, conforme nova estimativa
- Para cumprir a meta fiscal, o governo bloqueou R$ 11,2 bilhões e contingenciou R$ 3,8 bilhões no Orçamento
- Na coletiva de imprensa de segunda-feira, não foram especificados os ministérios que sofrerão cortes
O dólar hoje é comercializado em alta com investidores ainda reagindo aos acontecimentos da corrida eleitoral nos Estados Unidos e à situação fiscal do Brasil. Às 15h desta terça-feira (23), a moeda americana era negociada a R$ 5,60, um avanço de 0,46%. A última vez que o câmbio registrou valor acima de R$ 5,60 foi em 2 de julho. Nas últimas semanas, no entanto, oscilou entre R$ 5,40 a R$ 5,59.
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Às 12h10 de hoje, o dólar registrou R$ 5,574, um avanço de 0,07%. Na abertura do pregão, a moeda estava cotada a R$ 5,5896.
No cenário doméstico, o mercado ainda analisa o relatório de receitas e despesas divulgado pelo Ministério da Fazenda ontem, que trouxe mais clareza sobre as contas públicas.
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Externamente, as atenções se voltam para o avanço de Kamala Harris como líder da chapa democrata nas eleições americanas, após Joe Biden anunciar que não buscará reeleição.
No Brasil, as contas públicas devem apresentar um déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024, conforme a nova estimativa divulgada pelo governo. Esse montante é o limite máximo da meta fiscal estabelecida no novo arcabouço fiscal, que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões.
Para cumprir essa meta, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada.
Durante a coletiva de imprensa da segunda-feira, não foram especificados os ministérios que devem sofrer os cortes.
Dólar já tem alta de 14,78% no ano
Ontem, o mercado revisou para cima a projeção do dólar para 2025 e 2026, de R$ 5,20 para R$ 5,23. Os analistas também revisaram para cima a previsão de inflação, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subindo de 4% para 4,05%.
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Na pesquisa divulgada na semana anterior, os economistas consultados pelo Banco Central haviam interrompido uma sequência de nove semanas de alta e reduzido a previsão de inflação para este ano de 4,02% para 4%.
A meta central oficial para a inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
O boletim Focus também indicou uma melhora na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que passou de 2,11% para 2,15%, marcando a terceira semana consecutiva de aumento. Contudo, o mercado reduziu a previsão para 2025, de 1,97% para 1,93%.
A expectativa para a taxa Selic se mantém estável em 10,5% para este ano, 9,5% para 2025 e 9% para 2026 e 2027.
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Na segunda-feira (22), a moeda fechou em queda de 0,61%, valendo R$ 5,5695. Com esse desempenho, o dólar acumulou queda de 0,61% na semana, recuo de 0,34% no mês e alta de 14,78% no ano.