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Dólar hoje fecha em queda após Moody’s elevar nota de crédito do Brasil

Investidores também reagiram a dados de emprego dos Estados Unidos, enquanto aguardam o payroll

Dólar hoje fecha em queda após Moody’s elevar nota de crédito do Brasil
Foto: Adobe Stock

O dólar hoje fechou em queda, enquanto investidores reagiram à decisão da Moody’s de elevar a nota de crédito do Brasil e deixar o País a um passo do “grau de investimento”. Nesta quarta-feira (2), a moeda americana encerrou o pregão em baixa de 0,35% cotada a R$ 5,4448, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,4513 e mínima a R$ 5,4060.

No exterior, a divisa seguiu movimento contrário e subiu em relação a moedas fortes. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis pares, encerrou em alta de 0,41%, aos 101,606 pontos.

Na noite de terça-feira (1°), a Moody’s subiu a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva. Isso significa que a avaliação pode melhorar nos próximos 18 meses. A decisão deixou o País a apenas um passo do cobiçado título de “grau de investimento“, que funciona como um “selo” de que determinada nação tem uma probabilidade baixíssima de aplicar um calote nos seus títulos, emitidos para financiar a dívida pública.

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“Quando concedido o ‘grau de investimento’, que o País teve entre 2008 e 2015, o Brasil voltará ao grupo dos mercados mais ‘investíveis’, o que aumenta o volume negociado e impulsiona o mercado como um todo, tanto de renda variável quanto de renda fixa”, afirma Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital.

Nesta reportagem, diferentes analistas repercutem a decisão da Moody’s e explicam como ela pode afetar a Bolsa brasileira e os investimentos em renda fixa. A melhora da avaliação pegou de surpresa o mercado financeiro brasileiro, que passa por uma fase de desconfianças em relação à condução da política fiscal pelo governo federal.

Quando o anúncio da elevação de rating foi feito na terça-feira, o pregão já havia se encerrado, mas o mercado futuro estava aberto e pôde reagir à notícia, com os contratos de dólar recuando aproximadamente 0,50% nos 30 minutos seguintes à divulgação da decisão, o que ajuda a explicar o movimento da moeda americana nesta quarta-feira.

Dados de emprego nos EUA

Na sessão, investidores também reagiram a mais dados de trabalho nos Estados Unidos. O setor privado do país criou 143 mil empregos em setembro, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada pela ADP. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam geração de 125 mil postos de trabalho no mês.

Na sexta-feira (04), os Estados Unidos divulgam o dado mais esperado da semana: seu relatório oficial de emprego, conhecido como “payroll”, que engloba informações dos setores privado e público. O resultado pode interferir nas decisões futuras de política monetária do Federal Reserve (Fed).

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Na terça-feira, o dólar fechou o pregão em alta de 0,31%, cotado a R$ 5,4641, com investidores à procura de ativos seguros, após a escalada da tensão geopolítica no Oriente Médio.