(Paula Dias, Estadão Conteúdo) — A frustração do mercado internacional com o dado de inflação no varejo dos Estados Unidos em agosto impõe forte pressão compradora nos mercados de câmbio e o dólar registra alta expressiva nesta manhã, de volta ao patamar dos R$ 5,20, depois de ter iniciado o dia em queda. O índice de preços ao consumidor (CPI) ficou em +0,1% no mês passado, quando a mediana das estimativas apontava para -0,1%, o que seria a primeira deflação desde maio de 2020. O dado maior que as estimativas trouxe de volta à tona o temor de uma política monetária mais severa nos Estados Unidos.
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“O mercado agora vai tentar precificar a próxima reunião do Federal Reserve, buscando saber se o Fed aumentará os juros em maior proporção, se vai aumentar o tom duro de sua comunicação ou as duas coisas”, disse André Rolha, diretor da Venice Investimentos. Apesar do estresse no exterior, ele acredita que o câmbio brasileiro se comporta de maneira razoável. “Com a alta do DXY que estamos vendo, o fortalecimento do dólar ante o real poderia ser pior”, afirma o profissional, apontando que fundamentos domésticos positivos vêm freando uma apreciação do dólar.
Às 10h13, o dólar à vista era cotado a R$ 5,1960, em alta de 1,93%. No mercado futuro, o dólar para liquidação em outubro subia 2,04%, aos R$ 5,2225. O DXY avançava 1,12%, aos 109,53 pontos.
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