A economia dos Estados Unidos cresceu em seu ritmo mais lento em mais de um ano no terceiro trimestre, com o agravamento das infecções por covid-19 sobrecarregando ainda mais as cadeias de abastecimento globais e causando escassez de bens como automóveis, o que quase sufocou os gastos do consumidor.
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O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,0% em taxa anualizada no último trimestre, informou o Departamento do Comércio em sua estimativa preliminar do PIB nesta quinta-feira (28). Esse ritmo foi o mais lento desde o segundo trimestre de 2020, quando a economia sofreu uma contração histórica na esteira de medidas restritivas para conter a primeira onda de casos de coronavírus.
A economia cresceu a uma taxa de 6,7% no segundo trimestre. A variante Delta do coronavírus agravou a escassez de mão de obra em fábricas, minas e portos, prejudicando a cadeia de suprimentos. Economistas consultados pela Reuters esperavam um crescimento de 2,7% no terceiro trimestre.
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A forte inflação, alimentada pela escassez em toda a economia e pelo auxílio financeiro do governo ao longo da crise de saúde pública, afetou o crescimento. A redução do estímulo fiscal e o furacão Ida, que devastou a produção de energia “offshore” dos EUA no final de agosto, também pesaram sobre a economia.
Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, subiram 1,6%, após um ritmo de crescimento robusto de 12% nos meses de abril a junho. Embora os automóveis sejam responsáveis por boa parte da estagnação, a variante Delta também reduziu os gastos em serviços como viagens aéreas e restaurantes.
Mas há sinais de que a atividade econômica acelerou com o fim do trimestre turbulento. A onda de infecções por covid-19 do verão (do Hemisfério Norte) perdeu força, com uma queda significativa dos casos nas últimas semanas. As vacinações também aceleraram. A melhoria da situação da saúde pública nos EUA ajudou a elevar a confiança do consumidor neste mês.
Menos norte-americanos estão entrando com novos pedidos de auxílio-desemprego. Essa tendência de avanço nas condições do mercado de trabalho foi confirmada por um relatório separado do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira que mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 10 mil, para 281 mil em dado ajustado sazonalmente na semana passada, o patamar mais baixo desde meados de março de 2020.
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Esta é terceira semana seguida em que os registros permaneceram abaixo da marca de 300 mil. Economistas consultados pela Reuters previam 290 mil novos pedidos para a última semana.