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Eletrobras (ELET3) pode captar R$ 3,5 bi com venda de ações de empresa

As apresentações para investidores da oferta começam na última sexta-feira (12) e vão até o dia 18

Eletrobras (ELET3) pode captar R$ 3,5 bi com venda de ações de empresa
Eletrobras (ELET3) (Foto: Wilton Júnior/Estadão)

Em nova tentativa para vender ações da transmissora de energia Isa Cteep (TRPL4), a Eletrobras (ELET3) pode levantar R$ 3,5 bilhões na próxima semana, caso venda o lote extra em uma oferta subsequente (follow-on) que terá definição do preço no dia 18, mesmo dia da oferta gigante que vai privatizar a Sabesp (SBSP3).

As apresentações para investidores da oferta, os roadshows, começam nesta sexta-feira (12) e vão até o dia 18. A operação será totalmente secundária e terá um lote base de 60 milhões de ações detidas pela Eletrobras. Ao preço do fechamento de quinta-feira (11), de R$ 27,10, movimentaria R$ 1,62 bilhão.

O lote extra tem mais 70 milhões, maior que a oferta base, o que não é comum nesse tipo de oferta, e pode movimentar R$ 1,9 bilhão, levando a captação total a R$ 3,5 bilhões. O follow-on está sob a coordenação dos bancos Citi, Itaú BBA, Safra e XP.

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Se vender tudo, a Eletrobras fica com 20% ainda de ações preferenciais (PN) da Cteep. Atualmente tem 210,4 milhões de papéis PN, fatia equivalente a 52,48% das ações PN, mais líquidas, além de 9,73% das ON, que não têm liquidez.

Em abril, a Eletrobras conseguiu aprovação de debenturistas para a venda de sua participação na Cteep. Em outubro de 2023, a empresa havia tentado fazer a venda das ações, mas na reta final foi alertada que ainda precisava do aval dos detentores de debêntures da Eletrobras.

Nas escrituras das debêntures emitidas pela Eletrobras no passado havia uma cláusula, os chamados covenants, que impediam a venda de participações da empresa sob o risco de antecipar os vencimentos dessas dívidas.

A Eletrobras vem desde a privatização se desfazendo de ativos considerados não essenciais ou estratégicos. Em junho, vendeu seu portfólio de termelétricas para a Âmbar, do grupo J&F, por R$ 4,7 bilhões.

Para a Isa Cteep, a venda das ações é vista pelos analistas como benéfica, pois aumentará a quantidade de ações em circulação da transmissora, o free-float.

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