Para o Itaú BBA, a Embraer (EMBR3) reportou resultados forte no segundo trimestre de 2024, com surpresas positivas em eficiência operacional e rentabilidade. O banco destaca que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado superou o consenso em 43% e o lucro líquido ajustado veio quase três vezes acima do esperado.
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A Embraer reiterou seu guidance para o ano e mencionou durante a teleconferência que, embora a orientação possa parecer conservadora neste momento, especialmente em relação à lucratividade, eles estão adotando uma abordagem cautelosa devido às crises contínuas na cadeia de suprimentos.
Os analistas ressaltam a piora na dívida líquida de US$ 866 milhões no trimestre anterior para US$ 1,1 bilhão devido aos investimentos em capital de giro para preparar a empresa para o ramp-up das entregas no segundo semestre. Isso levou a dívida líquida/Ebitda a 2 vezes ante 1,8 vez nos três primeiros meses do ano.
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“Observamos também que a alavancagem poderá ser substancialmente reduzida em breve, uma vez que a administração espera que o processo de arbitragem com a Boeing seja concluído no terceiro trimestre de 2024”, escrevem os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Luiz Capistrano.
Como destaques da teleconferência, citam a informação fornecida pelos executivos de que a o guidance será mantido, embora a empresa reconheça a continuidade das crises na cadeia de abastecimento. Além disso, é mais provável que a a Embraer permaneça no topo superior da projeção de rentabilidade para o ano.
O Itaú BBA tem preço-alvo de US$ 36 para a ADR (American Depositary Receipts, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Embraer, o que representa um potencial de valorização de 33% sobre o fechamento do papel no último pregão, na quarta-feira (7).