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Emissão de debêntures atinge volume recorde no 1º semestre, diz Anbima

Foram realizadas 289 emissões, de nomes como a Equatorial, Copel, Enauta, Assai, Unidas e Suzano

Emissão de debêntures atinge volume recorde no 1º semestre, diz Anbima
Mercado financeiro (Foto: Adobe Stock)

As debêntures têm sido um dos principais instrumentos para as empresas levantarem recursos em 2024. No primeiro semestre, as captações com esses títulos de dívida somaram R$ 206,7 bilhões, um salto de 164% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Foi um volume recorde.

As debêntures incentivas, com benefício fiscal de isenção do imposto de renda para financiar projetos de infraestrutura, captaram R$ 64,4 bilhões no período, também um volume recorde. No mesmo período de 2023, o volume foi de R$ 12,7 bilhões. O primeiro semestre foi marcado por mudanças na regulamentação de emissões de debêntures de infraestrutura.

“São volumes extremamente fortes”, disse o presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, Guilherme Maranhão, em entrevista à imprensa. Historicamente, o segundo semestre costuma ser mais forte, porque as empresas captam no mercado para se planejar para o ano seguinte, mas em 2024 a primeira metade do ano surpreendeu, disse ele.

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Foram realizadas 289 emissões de debêntures no primeiro semestre, de nomes como as empresas de energia Equatorial (EQTL3), Copel (CPLE6) e Enauta (ENAT3), da rede de varejo Assai (ASAI3), da empresa de locações de veículos Unidas e da companhia de papel e celulose Suzano (SUZB3) – essa última de R$ 5,9 bilhões. Das emissões feitas no período, 71 foram acima de R$ 1 bilhão.

Nas debêntures, setores ligados à infraestrutura representam 43,7% do volume captado no primeiro semestre. O prazo médio dos papéis é de 7,5 anos.

Entre os compradores desses títulos, os fundos de investimento ganharam mais participação, respondendo por 46,1% do mercado, ante participação de 27% na primeira metade de 2023. Como tem havido aportes dos investidores em fundos que compram papéis de empresas, em busca de maior retorno, essas carteiras passaram a ir atrás de mais títulos, explicou Maranhão.