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Febraban: saldo da carteira de crédito deve recuar 0,2% em janeiro

Carteira de pessoas jurídicas deve recuar 1,4%, e a de pessoas físicas, ter alta de 0,7% em base mensal

O saldo da carteira de crédito do sistema financeiro nacional deve ter ligeira queda de 0,2% em janeiro na comparação com dezembro de 2021, na primeira baixa após 11 meses seguidos de alta, de acordo com a pesquisa de crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A previsão é atribuída pela entidade a um componente sazonal, com uma retração das operações feitas por empresas durante o mês. No acumulado dos 12 meses anteriores, porém, a alta deve chegar a 16,4%, quase estável em relação à registrada em dezembro (+16,5).

A carteira de pessoas jurídicas deve recuar 1,4% entre dezembro e janeiro, mas apresentar alta de 10,6% no comparativo anual. Em base mensal, a queda deve ser puxada pelo crédito com recursos livres, que, estima o levantamento, terá baixa de 1,7%. Operações ligadas a fluxo de caixa, como desconto de duplicatas e recebíveis e antecipação de faturas de cartão, devem ser impactadas, diante do menor movimento do comércio.

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Nas operações para pessoas físicas, o levantamento aponta para alta de 0,7% em base mensal, e de 21% em termos anuais, a maior desde setembro de 2011. A carteira direcionada deve crescer 1% em relação a dezembro, e a carteira livre deve ter expansão de 0,5%, puxada pelas linhas de crédito pessoal e rotativo.

“Mesmo em um cenário de arrefecimento da atividade econômica, inflação elevada, taxa Selic alta e ainda um aumento dos casos de covid-19 no começo do ano, os resultados para a expansão anual da carteira total de crédito continuam em patamar elevado, acima de dois dígitos, mostrando que a oferta segue em ritmo importante neste início do ano”, diz Rubens Sardenberg, diretor de economia, regulação prudencial e riscos da Febraban.

Nas concessões de crédito, a queda em relação a dezembro deve chegar a 16,2%, embora, em base anual, se projete alta de 22,7%. A Febraban avalia que além de fatores sazonais, a deterioração das condições econômicas, a inflação alta e a elevação da Selic devem reduzir as concessões.

A maior queda também deve vir da concessão de crédito a empresas, com baixa de 21,4% no comparativo mensal. Já a concessão para pessoas físicas deve cair menos, 10,9%. No comparativo anual, as altas projetadas são de 19,7% e de 25,4%, respectivamente.

A pesquisa da Febraban é divulgada todos os meses, como uma espécie de prévia da Nota de Crédito do Banco Central. As projeções são feitas com base em dados dos principais bancos do País, que representam de 38% a 88% do saldo do sistema financeiro nacional, a depender da linha de crédito, e também com base em variáveis econômicas que impactam a concessão de crédito.

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