O anúncio de que a Petrobras (PETR4) não prorrogará o contrato de licença para uso de suas marcas pela Vibra (VBBR3) é ligeiramente negativo para a estatal, avalia o Goldman Sachs. Para a distribuidora, também pode ser ruim no longo prazo, diz o banco.
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Isso porque o fim do acordo pode representar uma disposição da Petrobras em retornar ao negócio de distribuição de combustíveis nos próximos anos, o que poderia exigir alocação adicional de capital e “reduzir disponibilidade de fluxo de caixa livre para pagar dividendos aos acionistas no curto prazo”, escrevem os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins em relatório.
Já para Vibra, a análise é que a decisão pode ser negativa no longo termo, mas não deve impactar operações pelo menos até 2029. “Na verdade, acreditamos que o reconhecimento da marca é um aspecto comercial fundamental do setor de distribuição de combustíveis e também pode influenciar a dinâmica da quota de mercado“, aponta o Goldman, que observa ainda que a eventual entrada de um novo player (Petrobras) poderia levar a uma concorrência adicional para as distribuidoras Vibra, Raízen e Ipiranga.
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A Petrobras informou hoje à Vibra Energia que não tem interesse em prorrogar o prazo de vigência dos termos do atual contrato de licença para uso de marcas da companhia. Com isso, o licenciamento se encerrará em 28 de junho de 2029, dez anos depois de seu início.
O Goldman Sachs tem recomendações de compra tanto para Petrobras como para Vibra. No caso da estatal, os preços-alvo são de R$ 45,10 para as ações ordinárias e de R$ 41 para as preferenciais, potenciais valorizações de 14,4% e 7,6%, respectivamente, sobre o fechamento de ontem. Para Vibra, por sua vez, o preço-alvo é de R$ 26,80, potencial valorização de 19,1% sobre o último fechamento.