A LendMe, fintech que atua em empréstimos com garantia imobiliária, anunciou que está capacitada para lançar a hipoteca reversa, um tipo de financiamento que está começando a surgir no Brasil. Nos últimos dois anos, a fintech participou do ambiente regulatório experimental do Banco Central (BC), quando a nova operação de crédito foi testada.
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No financiamento imobiliário tradicional, o cliente paga ao banco uma prestação pela aquisição do imóvel, que fica como garantia. Na hipoteca reversa, acontece o contrário: o cliente recebe valores em troca do imóvel cedido ao banco.
Esse tipo de produto é destinado a pessoas acima de 65 anos e serve como uma aposentadoria. Como contrapartida pelo imóvel, a instituição financeira paga uma renda vitalícia ou um montante à vista, que pode ser empregado da forma que o tomador quiser. Além disso, o tomar segue morando no imóvel.
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A hipoteca reversa é uma modalidade de crédito já utilizada nos Estados Unidos há muitos anos, bem como em alguns países da Europa e Ásia. No Brasil, está no início. No Banco Central foram debatidos os parâmetros para esse tipo de operação, como idade mínima e expectativa de vida dos usuários. O BC recebeu vários projetos para seu ambiente de testes, dos quais o da LendMe era o único de hipoteca reversa.
“Somos a primeira e única empresa do mercado brasileiro pronta para lançar o produto”, afirmou o presidente da LendMe, Elyseu Mardegan Jr. A fintech foi assessorada pelo escritório de advocacia Pinheiro Neto e pela consultoria SeniorLab. Neste momento, a empresa identificou alguns clientes potenciais interessados e está negociando com uma instituição financeira uma parceria para lançar o produto nacionalmente.
O Projeto de Lei 3096/2015, que estabelece o marco regulatório da hipoteca reversa, está em fase final de análise no Congresso Nacional. A expectativa é de que o projeto seja votado em plenário ainda neste ano, segundo Mardegan. A LendMe está participando das discussões sobre o tema com parlamentares.