Os fluxos de capital podem ajudar os países a crescer e compartilhar riscos, mas economias com grandes dívidas externas podem ser vulneráveis à crises financeiras e recessões profundas quando o capital flui para fora, aponta o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em postagem no blog da instituição, o FMI lembra que passivos externos são mais arriscados quando geram descasamentos de moeda, quando a dívida externa é em moeda estrangeira e não é compensada por ativos nestas divisas.
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O FMI reconhece que os fluxos de capital fluindo são desejáveis, já que podem trazer benefícios substanciais aos países receptores, mas também podem resultar em desafios macroeconômicos e riscos de estabilidade financeira. Observar o papel dos países de origem na mitigação de riscos multilaterais associados aos fluxos e a importância do cooperação em políticas de fluxo de capitais é necessário, avalia o organismo.
O FMI afirma que os países devem ter mais flexibilidade para introduzir medidas que se enquadrem na interseção de duas categorias de ferramentas: medidas de gestão de fluxo de capital (CFMs, na sigla em inglês) e medidas macroprudenciais (MPMs, na sigla em inglês). Segundo o organismo, tal aplicação pode ajudar os países a reduzir as entradas de capital e, assim, mitigar os riscos para a estabilidade financeira – não apenas quando fluxos de capital aumentam, mas em outros momentos também. Os pontos fazem parte de uma revisão do organismo sobre suas orientações para fluxos de capital.
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CFMs e MPMs preventivas para restringir as entradas podem mitigar os riscos da dívida externa, no entanto, elas não devem ser usados de uma maneira que leve a distorções excessivas, afirma o FMI. Nem devem substituir as políticas macroeconómicas e estruturais necessárias ou serem usadas para manter as moedas excessivamente fracas, aponta a instituição.