Após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a Selic em 13,75% ao ano, o Boletim Focus mostrou novamente melhora das expectativas de inflação para 2022 e 2023, ao mesmo tempo em que apontou manutenção para 2024, para onde caminha o horizonte relevante de política monetária.
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Para 2022, a estimativa para alta do IPCA – índice de inflação oficial – foi reduzida pela 13ª semana seguida, de 6,00% para 5,88%, reflexo das desonerações patrocinadas pelo governo para baixar combustíveis e energia e também do recuo dos preços da gasolina.
Há um mês, a projeção era de 6,70%. Em relação a 2023, a mediana recuou pela sexta semana consecutiva, de 5,01% para 5,00%, contra 5,30% quatro semanas antes.
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Considerando somente as 88 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 5,93% para 5,77%. Para 2023, permaneceu em 5,00%.
Já a mediana para o IPCA de 2024 interrompeu a sequência de altas semanais e ficou estável em 3,50%, contra 3,41% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3,00%, porcentual estável por 63 semanas.
Apesar da melhora considerável nas últimas semanas, as medianas divulgadas na Focus continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta, após o descumprimento do mandado do BC em 2021, com o IPCA de 10,06%.
O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%. Já para 2024 e 2025, a meta é de 3,00%, com intervalo de 1,5% a 4,5%. No Copom da semana passada, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 5,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,8% para 2024. O colegiado interrompeu o ciclo de aperto monetário após 12 altas consecutivas na taxa básica de juros.
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