O indicado à presidência do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, repetiu hoje na sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado que o regime de câmbio brasileiro é flutuante e, com isso, a cotação da moeda serve para absorver eventuais choques que atinjam a economia.
Leia também
Galípolo, que é diretor de Política Monetária e responsável pelo departamento que cuida da política cambial no BC, lembrou que as preocupações sobre o câmbio oscilam. Ele disse que, quando foi indicado para a diretoria, em meados do ano passado, havia a preocupação de que a autarquia se tornaria mais intervencionista. Depois, esse polo mudou.
“No ano de 2023, foi o primeiro ano que a gente não fez nenhuma intervenção extraordinária no final do ano. Aí eu passei a ser acusado de ser mão fraca, ‘ele não intervém, ele deixa correr.’ Então, essas coisas às vezes oscilam muito”, ele disse, respondendo a perguntas de senadores.
A sabatina de Galípolo no Senado
Galípolo passa pela primeira etapa do processo para chegar à presidência do Banco Central – no final de agosto, o economista foi indicado pelo governo federal para comandar o órgão a partir de 1 de janeiro 2025, no lugar de Roberto Campos Neto, atual presidente. Após responder os questionamentos, o Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) do Senado votará pela aprovação ou não do nome dele. Depois, a indicação ainda deve ser apreciada pelo plenário.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Ainda que politicamente o nome de Galípolo já esteja “aprovado”, o mercado ainda deve ficar muito atento às respostas do futuro presidente do Banco Central na sabatina. Segundo Matheus Pizzani, economista da CM Capital, dois temas são centrais para a sessão de perguntas desta terça (8): política monetária e política fiscal – confira o que o mercado espera que diga nesta reportagem.
Galípolo disse, também na sabatina desta terça-feira, que o BC tem uma institucionalidade “muito bem consolidada” na política cambial, que sabe mensurar, agregar a informação e reagir, quando necessário. “Eu tenho tentado o máximo possível trazer essas conversas e diálogos para colegiados”, ele acrescentou, citando os outros sete diretores e o presidente do BC.