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Gestores de fundos estão de olho no mercado trilionário de ativos alternativos

Os investimentos vêm crescendo no mercado de ativos alternativos, mas ainda são pouco explorados. Veja

Gestores de fundos estão de olho no mercado trilionário de ativos alternativos
(Foto: Adobe Stock)

Na esteira da diversificação dos investimentos, vem crescendo o mercado de ativos alternativos e, dentro deste segmento, os ativos judiciais. Processos trabalhistas, desconformidade entre empresas, precatórios e pensão alimentícia estão entre as formas de encarteirar e criar produtos de investimentos atrelados a economia real.

Sobre o tamanho do mercado de processos trabalhistas, por exemplo, Laercio Boaventura, sócio-fundador e diretor de investimentos da Vectis Gestão, explica que, com base no Conselho Nacional de Justiça, a Justiça do Trabalho tem, anualmente, julgado e mandado pagar cerca de R$ 30 bilhões por ano. A Vectis possui um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) lastreado em processos trabalhistas.

“Em discussão na Justiça, tem o montante na casa de R$ 620 bilhões. É um mercado muito grande”, destaca Boaventura, lembrando ainda que todo ano entra mais ou menos 1,5 milhão de novos casos na Justiça.

Já a JGP, que trabalha com fundos tendo como lastro ações privadas e públicas, esta segunda gerando os precatórios, acredita que há um mercado muito grande, ainda mais em ações privadas, ou seja, quebra de contrato entre empresas.

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“Existem precatórios e ações provadas de valores grandes, nos precatórios entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões, mas nossa preferência é por operações de valor menor”, explica Luiza Oswald, sócia e responsável pela área de Special Situations da JGP.

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No caso do precatório de pensão alimentar, em que atua Eduardo Gouvêa, presidente da Droom, há um mercado de trilhões de reais e em constante crescimento. “Existe um mercado praticamente inexplorado. O mercado só trabalha com precatórios expedidos, pouca gente trabalha com o pré-precatório”, explica.

O pré-precatório é um direito creditório já transitado e julgado e que ainda vai virar um precatório. “O pré-precatório tem muito mais volume do que o que já foi expedido em precatório”, acrescenta, lembrando que a União fez uma publicação recentemente com estimativa de perda de R$ 4 trilhões.

“Esse valor é só a União. Dá pra colocar que Estados e Municípios devem ter mais R$ 2 trilhões. Então estamos falando de um mercado de R$ 6 trilhões”, afirma Gouvêa sobre o mercado de ativos judiciais.

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* Com informações do Broadcast