Após a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros em 13,75%, o Goldman Sachs segue projetando que não há risco de novas altas no horizonte dos próximos quatro a seis meses. Em comunicado, o analista de Pesquisa Macroeconômica do banco para a América Latina, Alberto Ramos, projeta que a manutenção da atual política monetária restritiva deve ser interrompida somente no segundo ou terceiro trimestres de 2023.
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“A declaração de política é consistente com o fato de o Copom permanecer vigilante e conservador”, escreveu Ramos. “A deterioração das projeções condicionais de inflação para 2023 e o fato de o Copom estar agora muito focado nas perspectivas altamente incertas da política fiscal indicam que o banco central provavelmente resistirá fortemente ao afrouxamento prematuro da política monetária”, pondera.
Na avaliação do Goldman Sachs, apesar do baixo risco de novas altas, a postura conservadora do BC é justificada pelo cenário com “serviços ainda intensos e pressões inflacionárias centrais, atividade real sólida e dinâmica do mercado de trabalho”. No comunicado, o grupo ainda cita o alto grau de incerteza sobre a política fiscal e a regra/âncora fiscal a ser seguida a partir de 2023.
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