

O Ibovespa futuro abriu esta terça-feira (25) em queda de 0,17%, aos 132.200 pontos, mas logo passou a subir levemente 0,06%, aos 132.510 pontos. O mercado repercute a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) – veja aqui os principais assuntos do dia.
Os ânimos limitados no índices futuros de Nova York podem pesar no desempenho do principal índice da B3 futuro. Lá fora, os mercados ficam à espera de novidades sobre a política tarifária do governo Donald Trump, dos dados econômicos dos EUA e de discursos de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Há esperanças de que a próxima rodada de tarifas dos EUA, que entra em vigor no dia 2, seja menos agressiva do que se previa. Trump, entretanto, informou que anunciará mais tarifas “em breve” sobre carros, aço, alumínio e fármacos e impôs taxação de 25% a países que compram petróleo e gás da Venezuela.
Apesar de NY, o avanço firme das commodities hoje pode apoiar a recuperação do Índice Bovespa futuro. Enquanto o petróleo sobe em torno de 0,40%, o minério de ferro fechou em alta de 0,65% na China.
O que movimenta o Ibovespa futuro hoje
Dólar e juros
O mercado de câmbio pode se alinhar à queda do dólar hoje frente a moedas principais e várias emergentes no exterior, após sinais de possível flexibilização das tarifas dos EUA, e avanço das commodities. Nesta terça-feira, o dólar abriu em estabilidade, com leve alta de 0,01%, a R$ 5,7529, após a divisa americana fechar com ganhos nos últimos três pregões.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Enquanto isso, a ata do Copom ajuda a guiar os juros futuros. O dólar mais fraco ante a maioria das moedas emergentes pode trazer viés de baixa, após três sessões de alta das taxas, mas o avanço dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) são contraponto.
Ata do Copom: o que esperar da Selic em maio?
O foco dos investidores está na ata do Copom nesta terça-feira, após a elevação da taxa Selic de 13,25% para 14,25%, em decisão unânime. A elevação levou a taxa básica de juros para o maior patamar desde 2016, época da crise econômica que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O Copom repetiu, na ata da sua última reunião, que antevê um novo aumento “de menor magnitude” na taxa Selic no seu próximo encontro, de maio. A sinalização já constava no comunicado divulgado na última quarta-feira (19).
A elevação em maio colocaria a taxa em ao menos 14,50%, o maior nível desde os 14,75% atingidos em julho de 2006, ainda no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O mercado espera altas de 0,5 ponto porcentual em maio e de 0,25 ponto porcentual em junho, que levariam os juros a 15,0% ao ano no fim do ciclo de aperto, segundo o último relatório Focus.
O colegiado também reforçou que, a partir de maio, o tamanho total do ciclo será ditado pelo seu “firme compromisso de convergência da inflação à meta” e dependerá da evolução do cenário.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
Publicidade
*Com informações de Cícero Cotrim, Célia Froufe, Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast