O fôlego nas bolsas de valores internacionais é limitado, com os futuros de Nova York operando sem força nesta manhã, enquanto na Europa prevalece o sinal positivo. Nos EUA, investidores aguardam dados da produção industrial de junho e Livro Bege, o relatório sobre as atuais condições econômicas em cada um dos 12 distritos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
O noticiário sobre as tarifas do presidente americano, Donald Trump, segue em destaque. O republicano informou na terça-feira (15) que notificará em breve países menores de que eles enfrentarão tarifas superiores a 10%.
Os mercados locais reagem ao início da investigação dos EUA, ordenada por Trump, sobre práticas brasileiras que poderiam restringir o comércio americano (leia mais abaixo). A ofensiva ocorre em meio à expectativa de resposta do governo à tarifa de 50%, prevista para 1º de agosto. Empresários pressionam por um adiamento.
Entre as commodities hoje, ominério de ferro fechou em alta de 1,05%, a US$ 107,76, na China, enquanto os contratos futuros do petróleo recuam cerca de 0,60%.
No mercado de câmbio, o dólar hoje abriu em alta de 0,20%, negociado a R$ 5,5693. A moeda americana tende subir ante o real diante do cenário internacional marcado por dados econômicos relevantes nos EUA e tensões comerciais com o Brasil, que devem pressionar o real e aumentar a volatilidade dos ativos locais.
Os principais assuntos do Ibovespa futuro hoje
Tarifas de Trump: o que está em jogo para a economia brasileira
O governo americano iniciou uma investigação para determinar se atos, políticas e práticas do governo brasileiro são irracionais ou discriminatórios e oneram ou restringem o comércio dos EUA.
Entre os focos da investigação estão comércio digital e serviços de pagamento eletrônico (Pix), tarifas preferenciais, suposta interferência anticorrupção e propriedade intelectual. Outro ponto que será investigado é o acesso ao mercado de etanol. A investigação também abordará o tema desmatamento ambiental.
A investigação com base na seção 301 foi orientada pelo presidente dos EUA, que também prometeu tarifa de 50% sobre as importações americanas do Brasil.
IOF em pauta no mercado brasileiro
No campo político, a Câmara aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o pagamento de precatórios e reabre prazo para parcelamento de dívidas de municípios com seus regimes próprios e com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sinalizou que pode “decidir rápido” sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), após a audiência de conciliação entre Executivo e Congresso terminar sem acordo.
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Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações deLuciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast