O índice Ibovespa futuro abriu nesta segunda-feira (11) em queda de 0,22%, chegando aos 128.595 pontos. O recuo se dá com atenções voltadas às novas previsões do boletim Focus. O pacote fiscal segue no radar em meio à terceira semana de indefinição – confira aqui a agenda semanal completa.
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O ambiente externo mais positivo pode ser insuficiente para dar força ao principal índice da B3 futuro diante das perdas das commodities. O petróleo perde acima de 1,40% com o dólar forte, enquanto o minério de ferro fechou em queda de 2,87% na China, após decepção com medidas fiscais no país.
Seguindo o ritmo de suas commodities, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Petrobras (PETR3; PETR4) caíam 0,66%, enquanto os da Vale (VALE3) recuavam 1,23% no pré-mercado de Nova York, por volta das 09h10 (de Brasília).
Boletim Focus
A mediana do boletim Focus para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 11,75%, pela sexta semana consecutiva. Esse movimento consolida a avaliação do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual na última reunião do ano, no dia 11 de dezembro.
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Na semana passada, o colegiado elevou a taxa básica de juros para 11,25%, uma alta de 0,5 p.p.. As medianas para a Selic em prazos mais longos tiveram comportamento diverso, indicando que o Banco Central (BC) terá um espaço limitado para cortar juros nos próximos anos, em meio à desancoragem das expectativas, atividade forte e disparada do dólar.
A mediana do relatório Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu pela sexta semana seguida de 4,59% para 4,62%, mantendo-se acima do teto da meta de inflação, de 4,50%. Um mês antes, ela estava em 4,39%.
Se essa projeção se confirmar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta.
Pacote fiscal
Além de uma definição no campo fiscal, os investidores ficarão atentos aos detalhes da ata do Copom, prevista para terça-feira (12), após o comunicado enfatizar que a execução de medidas fiscais estruturais contribuem para a ancoragem das expectativas de inflação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já aceitou e entendeu que as medidas em discussão para cortar gastos são estruturais, mas lideranças do PT entendem que devem atingir também o “andar de cima”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, retornará a Brasília nesta segunda-feira pela manhã para tentar destravar a negociação que chega à terceira semana. Porém, o anúncio ainda pode levar alguns dias, porque depende de Lula e de conversas entre o ministro e os presidentes do Senado e da Câmara.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
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*Com informações do Broadcast