Tempo Real

Ibovespa hoje: payroll mais forte que o esperado impede alta do índice

Os dados dos EUA aumentam expectativas de um corte de juros menor, o que desestimula o índice hoje. Entenda

Ibovespa hoje: payroll mais forte que o esperado impede alta do índice
Ibovespa é o principal índice da Bolsa. (Foto: Adobe Stock)

O Ibovespa hoje ampliou ritmo de queda após operar em estabilidade perto das 12 horas desta sexta-feira (4). Às 13h13, o índice cai levemente 0,03%, aos 131.634 pontos.

O principal índice da B3 hoje não consegue acompanhar a alta das bolsas de Nova York. A desvalorização reflete o aumento da possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciar um corte de juros mais brando no País após o payroll vir bem acima das expectativas. 

O que afeta o Ibovespa hoje

Payroll

Nos Estados Unidos, foi divulgado o dado mais esperado da semana – o payroll. O relatório de emprego americano mostrou criação de 254 mil empregos em setembro. O resultado superou o teto das projeções, de 140 mil.

A taxa de desemprego caiu a 4,1%, na comparação com estimativa de 4,2%, e o salário médio avançou na margem (0,4%) e no confronto interanual (4,0%) mais do que o previsto, de 0,3% e 3,8%, respectivamente.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“Os números do relatório de emprego de setembro, com queda marginal no desemprego e fluxo de contratações líquidas muito acima do esperado, devem afastar de vez a hipótese de um enfraquecimento mais relevante no mercado de trabalho dos EUA”, afirma Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

Com relação à política monetária, o economista afirma que podem haver mais dois cortes de 0,25 ponto percentual até o final do ano. “O cenário do pouso suave está cada vez mais consolidado”, diz.

“O payroll veio forte, e indica que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deveria cortar 25bps e não 50bps meio ponto”, avalia Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital, ao referir-se ao ritmo de queda dos juros.

Também no exterior, o petróleo volta a subir – em torno de 1,30% – pelo quarto dia consecutivo, mas em menor proporção. Na quinta-feira (3), saltou 5,00% diante do temor de que o avanço do conflito no Oriente Médio ameaça a oferta da commodity.

Mercado brasileiro

A cotação do petróleo consegue ajudar parcialmente os ativos da Petrobras (PETR3; PETR4): os papéis ordinários sobem 0,07%, negociados a R$ 41,37, enquanto os preferenciais caem 0,26%, a R$ 37,84. 

A Vale (VALE3), por sua vez, não mostra grande ânimo ao investidor nesta sexta-feira. As ações caem 0,60%, cotadas a R$ 62,52, na esteira da desvalorização de 0,29% do minério de ferro em Cingapura. O noticiário também fica no radar após a mineradora confirmar que duas de suas barragens saíram do nível de emergência, mas outras 16 ainda permanecem em risco – veja

Publicidade

Ainda no cenário local, persistem as preocupações fiscais que tendem a exigir uma Selic alta por um período prolongado, o que reduziria o diferencial de juros com a taxa americana. Além da falta de confiança do investidor no governo, por conta do fiscal e da inflação elevada, a questão dos juros é limitador, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.

Destaques no Ibovespa hoje

Na contramão do fraco movimento no Índice Bovespa hoje estão as ações da Yduqs (YDUQ3). Os papéis sobem 5,02%, negociados a R$ 9,84.

Em contrapartida, os ativos da CSN Mineração (CMIN3) puxam a ponta negativa do Ibovespa hoje. As ações caem 3,90%, cotadas a R$ 6,40, na esteira do minério, assim como a Vale.

*Com informações do Broadcast