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Itaú BBA eleva recomendação da Taesa (TAEE11); veja o que fazer com as ações

O banco prevê um rendimento de dividendos mais baixo, mas ainda atraente, para os próximos anos

Itaú BBA eleva recomendação da Taesa (TAEE11); veja o que fazer com as ações
Imagem: Envato Elements

As ações da Taesa (TAEE11) operam em queda de 0,20%, cotadas a R$ 34,26, às 14h26 desta segunda-feira (8). O Ibovespa, principal índice da B3, recua 0,12%, aos 126.000,54 pontos, no mesmo horário.

Apesar do recuo, o Itaú BBA elevou a recomendação para as units (ativo que concentra duas ou mais ações de uma empresa negociadas em conjunto) da Taesa de venda para market perform (equivalente a neutro) e subiu o preço-alvo da Taesa de R$ 35,9 para R$ 36,7, o que representa um potencial de valorização de 5,7% sobre o último fechamento do papel.

Em relatório, os analistas Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Victor Cunha dizem ver agora a empresa negociando a uma Taxa Interna de Retorno (TIR) real mais atraente de 7,8% (contra o rendimento de 6,3% dos títulos do tesouro brasileiro) com rendimentos de dividendos elevados de um dígito nos próximos anos. “Acreditamos que não faz mais sentido vender ações” afirmam.

Dividendos da Taesa

O time prevê um rendimento de dividendos mais baixo, mas ainda atraente, para os próximos anos. A expectativa é de dividendos de 6% para 2024, 8% para 2025-26 e níveis de dois dígitos após 2027. “A empresa anunciou uma redução no pagamento para 2024 para 75%, devido à maior alavancagem, mas espera que aumente para 90% em 2025 e 100% em 2026”, lembram.

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Eles avaliam ainda que a nova política de dividendos, que se baseia no lucro líquido regulamentar e não nas Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), torna mais fácil aos investidores estimar os dividendos.

Receitas

Os analistas ressaltam ainda que não estão muito preocupados com a alavancagem aparentemente elevada da Taesa, dado o seu modelo de negócios de baixo risco e as perspectivas positivas para a geração de fluxo de caixa. O time estima uma relação de dívida líquida/EBITDA (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) de 4,1 vezes para o final de 2024, 3,9 vezes para o final de 2025, 3,7 vezes para o final de 2026 e 3,2 vezes para o exercício de 2027.

“As receitas em termos reais deverão aumentar com a entrada em operação dos empreendimentos em construção. Estimamos que a empresa investirá cerca de R$ 3,2 bilhões em projetos greenfield (aquele que começa do zero em um campo inexplorado) e brownfield (aquele que já tem uma produção em andamento) em 2024-27, o que adicionará em torno de R$ 550 milhões em receitas assim que iniciarem as operações comerciais. A Taesa possui classificação de crédito muito boa (AAA) e não há cláusulas restritivas em nenhuma das dívidas emitidas pela empresa”, destacam.

*Com informações do Broadcast