Apesar da alta moderada na maioria das bolsas dos Estados Unidos nesta manhã de quinta-feira (9), a decisão dividida do Comitê de Política Monetária (Copom) de quarta-feira (8) pesa no Ibovespa.
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Às 11h05, o Ibovespa caía 1,58%, para 127.432,57 pontos, após recuar 1,63% na mínima, em comparação com a máxima de 129.467,87 pontos (-0,01%) na abertura.
Na quarta-feira (8), o índice à vista subiu 0,21%, fechando aos 129.480,89 pontos, após a decisão do Copom.
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Enquanto a Vale (VALE3) registrava alta de 0,58%, a Petrobras avançava entre 0,22% (PETR3) e 0,69% (PETR4). Por outro lado, o Banco do Brasil (BBAS3) perdia 2,88%, mesmo após divulgar um lucro dentro do esperado no primeiro trimestre.
O placar dividido entre os membros do Copom, aliado à cautela dos investidores, influencia a queda do Índice Bovespa.
A mudança para cima nas cotações do petróleo e o consequente aumento nas ações da Petrobras ajudam a atenuar o recuo do índice.
Os papéis da Vale também avançam, impulsionados por dados positivos da balança comercial de abril da China, apesar do declínio de 1,65% do minério de ferro em Dalian.
A safra de balanços no Brasil também está no radar dos investidores, em um dia com poucos indicadores econômicos relevantes.
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Nos Estados Unidos, destaca-se apenas o aumento de 22 mil nos pedidos de auxílio-desemprego na semana, para 231 mil, contra uma previsão de 213 mil.
Esse aumento pode aliviar as pressões sobre o Banco Central brasileiro, pois aumenta as expectativas de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed).
O Copom da véspera é o principal fator orientador do Ibovespa. Mais do que a decisão de reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano, os investidores estão avaliando o placar de 5 votos a favor do corte efetivo e 4 votos por um novo ajuste de -0,50 ponto.
A última vez que houve uma divisão tão marcante foi na reunião de agosto de 2023, que marcou o início do atual ciclo de redução de juros.
A expectativa agora é pela divulgação da ata do Copom na próxima terça-feira (14). “A ata trará os argumentos da ala perdedora, composta pelos diretores indicados pelo presidente Lula”, cita a MCM Consultores.
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A redução da Selic em 0,25 ponto percentual foi bem fundamentada, dada a incerteza internacional e a falta de clareza sobre o momento em que os Estados Unidos começarão a reduzir os juros, segundo Gustavo Corradi Matos, economista e CIO da Medici Asset.