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Ibovespa hoje: veja como a Bolsa reage à vitória de Trump nos EUA

A reeleição do republicado deve impactar o índice hoje, sobretudo com o avanço do dólar e bitcoin. Confira

Ibovespa hoje: veja como a Bolsa reage à vitória de Trump nos EUA
Imagem: Adobe Stock

O Ibovespa hoje abriu em queda de 1,33%, aos 128.920 pontos nesta quarta-feira (6). Investidores concentram atenções ao retorno de Donald Trump à Casa Brancas, dado o seu perfil protecionista. O destaque local fica com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) para a Selic – confira a agenda completa nesta matéria.

A vitória do republicado reflete no otimismo das bolsas internacionais, assim como na cotação do dólarbitcoin e commodities, o que deve pesar no desempenho do principal índice da B3 hoje. O bitcoin, inclusive, chegou a renovar máxima histórica com o avanço da apuração das eleições americanas. Já a moeda americana dispara no mundo todo.

“Todo esse cenário é ruim não apenas para o Brasil, mas para todos os países emergentes, juros mais altos nos EUA significam menos fluxo de dólares para outras economias, como o Brasil”, avalia Marcos Moreira, sócio da WMS Capital.

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Com a volta de Trump à Casa Branca, países emergentes como o Brasil tendem a sofrer com o novo governo, diante da expectativa de adoção de políticas protecionistas e de um mandato com viés inflacionário, pontua José Cassiolato, sócio da RGW Investimentos.

O que movimenta o Ibovespa hoje

Eleição de Donald Trump nos EUA

Donald Trump foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6). O republicano derrotou a democrata Kamala Harris, atual vice-presidente do país. O tema esteve no centro das atenções dos investidores nos últimos meses e deve fazer preço não só no mercado acionário americano, como também na Bolsa brasileira.

A agenda de Trump está pautada em propostas econômicas mais protecionistas. O republicano fez campanha defendendo a redução de impostos sobre grandes empresas, com apoio ao setor de óleo e gás, e aumento das tarifas de importação. Quando se trata dos produtos chineses, o ex-presidente reeleito quer acirrar a guerra comercial com a China, aumentando o imposto de importação para 60%. Leia mais nesta reportagem.

Conforme José Cassiolato, a elevação na taxa de juros americana tira liquidez por meio da desvalorização do real frente ao dólar – que já avança nesta manhã – e tem consequências para um possível encarecimento de produtos atrelados à moeda americana, com impactos na inflação.

“Por outro lado, pressiona a curva de juros exigindo a manutenção do prêmio conhecido por Spread Over Treasury, prêmio de risco exigido pelo investidor ao deixar investimentos que rendem em moeda forte para obter ganhos em moedas locais como a brasileira”, diz o sócio da RGW Investimentos.

Dólar

O dólar hoje iniciou a sessão com um salto de 1,46% frente o real, a R$ 5,8324. O estresse no câmbio reflete a vitória do ex-presidente republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos.

O câmbio tende a ter uma sessão de volatilidade, acompanhando o fortalecimento da moeda americana no exterior. Confira os detalhes nesta matéria.

Bolsas internacionais

Os futuros de Nova York engatam rali, com alta de quase 3%, e bolsas europeias sobem puxadas por ações do setor de defesa, e em meio a balanços de grandes bancos da região.

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Os juros dos Treasuries (títulos da dívida americana) saltam, mas os rendimentos dos títulos europeus com vencimento de 10 anos recuam diante do receio de menor crescimento na região com o protecionismo defendido por Trump.

O republicano voltou a falar nesta madrugada que vai fechar fronteiras, reduzir impostos e que os EUA terão forças militares potentes. “Mas não queremos guerras”, garante.

Balanços

Entre os balanços, foco nos resultados de Eletrobras (ELET3ELET6), Braskem (BRKM5), Minerva (BEEF3), Copel (CPLE6), Oi (OIBR3) e Totvs (TOTS3) após o fechamento dos mercados desta quarta-feira.

Decisões de juros

O Copom deve elevar a Selic em 50 pontos-base, para 11,25%, e é possível que a curva aumente a precificação de alta de 75 p.b em dezembro.

A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) foi adiada para a próxima quinta-feira (7) em decorrência das eleições nos EUA.

Commodities

minério de ferro fechou em queda de 0,76% em Dalian, na China. Enquanto isso, o petróleo também opera no negativo, em torno de 2,40%, interrompendo uma sequência de cinco sessões de ganhos, pressionado pela forte valorização do dólar após a vitória do republicano Donald Trump.

Seguindo o movimento de suas commodities, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) caíam 2,04% no pré-mercado de Nova York, por volta das 10h10 (de Brasília), enquanto os da Petrobras (PETR3PETR4) recuavam 1,74%.

Mercado brasileiro

O cenário definido de Trump presidente irá pesar sobre o real e aumenta a pressão pelo anúncio de cortes de gastos. No início da manhã, o dólar subia 2,57% ante o peso mexicano, que acumula perdas semelhantes às do real neste ano, o que pode indicar o que esperar no Brasil.

A reunião de terça-feira (5) para tratar da Junta de Execução Orçamentária (JEO) terminou sem anúncio à imprensa, formando a tempestade perfeita para uma alta forte do dólar, abertura da curva de juros, piora das expectativas de inflação e um trabalho mais árduo para o Banco Central (BC).

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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse na terça-feira que não há “nenhum corte previsto” na pasta. O Santander Brasil estima que o pacote deve girar entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões, englobando 2025 e 2026, o que pode repercutir no Ibovespa hoje.

*Com informações do Broadcast