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A semana traz uma agenda cheia, com ata do Comitê de Política Monetária (Copom), Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) e Relatório de Política Monetária (RPM) no Brasil. Nesta segunda-feira (22), são esperados o Boletim Focus e o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que podem repercutir no Ibovespa hoje.
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Além disso, nesta segunda começa a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em Nova York e fará o discurso de abertura. Ele pode cruzar com o presidente dos EUA, Donald Trump, pela primeira vez desde a crise desencadeada pelo tarifaço.
No Congresso, há a possibilidade de votação do projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) a salários de até R$ 5 mil. Além disso, o Senado deve votar na terça-feira (22) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 168/2025, que viabiliza a medida provisória (MP) do pacote para socorrer as empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos e tramita sob regime de urgência. Para quarta-feira (24), o Senado marcou a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2024, segunda parte da regulamentação da reforma tributária.
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Lá fora, a expectativa está com o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA do segundo trimestre, na quinta-feira (25), e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de agosto, na sexta-feira (26). Haverá também discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, na terça-feira (23).
Nesta segunda-feira, sai o índice de atividade nacional do Fed de Chicago. No mesmo horário, o economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE) participa de painel do BIS, seguido por Philip Lane, do Banco Central Europeu (BCE), e John Williams, do Fed de Nova York.
São esperados ainda, nesta segunda-feira, os discursos de Alberto Musalem, do Fed de St. Louis, Beth Hammack, do Fed de Cleveland, diretor do Fed Stephen Miran, Tom Barkin, do Fed de Richmond, além do Presidente do BoE, Andrew Bailey.
Por fim, a agenda ainda traz Índices de Gerentes de Compras (PMIs) preliminares na Europa, Reino Unido e Japão na terça-feira.
As bolsas recuam no exterior, com as europeias pressionadas por ações de montadoras, enquanto os futuros de Nova York caem à espera de discursos de dirigentes do Fed.
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Nesta manhã, o ouro bateu novas máximas históricas diante de receios de que o Fed continue relaxando sua política monetária, mesmo que a economia dos EUA mostre fôlego.
Investidores aguardam comentários de dirigentes do Fed, do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) para traçar cenários para política monetária nos EUA e Europa.
Na sexta-feira (19), o diretor do Fed Stephen Miran afirmou que a política monetária atual do BC americano é muito restritiva e que, quanto mais tempo permanecer assim, maior será o risco. Ele prevê que as reduções de juros continuarão nos próximos meses e que as pressões inflacionárias das tarifas não serão significativas.
No radar, está o acordo dos EUA com a China sobre o TikTok. O presidente Donald Trump afirmou que o acordo está “caminhando bem” para ser finalizado e anunciado oficialmente em breve, durante comentários à imprensa, no Salão Oval da Casa Branca.
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (22), as previsões para os principais indicadores econômicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic. Veja todas as projeções atualizadas nesta matéria.
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A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,0% pela 13ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, na última quarta-feira (17).
“O Comitê seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, disse em comunicado ao mercado, na última decisão de juros.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 seguiu em 4,83%. A taxa está 0,33 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%.
Os contratos futuros do petróleo viraram para baixo, após alta na madrugada, enquanto investidores avaliam o potencial de cortes na oferta ligados a recentes ataques da Ucrânia à infraestrutura petrolífera da Rússia, segundo analistas do ANZ. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para novembro cedia 0,50%, a US$ 62,09, enquanto o do Brent para dezembro caía 0,48%, a US$ 66,36.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, na China, para janeiro de 2026, fechou em alta de 0,37%, cotado a 808,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 113,63.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,37% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) cediam 0,40%.
O sinal negativo em NY pode limitar o fôlego do Índice Bovespa hoje em um dia de agenda mais fraca, que ganha tração nos próximos dias.
O mercado estará muito atento ao IPCA-15 e ao Relatório de Política Monetária para ajustar suas apostas sobre o início de corte da Selic. A ata do Copom pode trazer menos novidades.
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As ações da Cosan (CSAN3) ficam em destaque após a empresa fechar aporte de R$ 10 bilhões de fundos do BTG e da Perfin.
Após protestos em todo o Brasil contra a PEC da Blindagem, o governo Lula articula com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para barrar o texto, assim como a proposta da anistia.
Alcolumbre é o principal interlocutor do presidente no Centrão. Também para ajudar nas negociações no Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu não viajar com o presidente Lula para os EUA e cuidar de perto da pauta doméstica.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
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*Com informações de Luciana Xavier e Maria Regina Silva, do Broadcast
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