A postura defensiva dos mercados nos Estados Unidos limita uma recuperação firme do Ibovespa, que cai 0,25%, aos 126.686,157. Lá fora, a reação se deve à percepção de que os juros americanos demorarão mais para começar a cair. Em Nova York, os índices futuros de ações caem, enquanto os juros dos Treasuries e o dólar avançam, influenciado a curva futura e o real.
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“Não ficaria assustado se o Ibovespa bater os 124 mil pontos ou até mesmo, onde tem zona de suporte, mas a tendência é de alta”, avalia o economista Álvaro Bandeira. Para ele , o curto prazo é complicado. “Tem o Congresso retomando as atividades, o que é risco para ruídos. Na terça-feira (6) haverá a divulgação da ata do Copom, que pode sinalizar a história de preocupação com o déficit fiscal. É uma semana complicada, pois logo tem o carnaval e o feriado de uma semana na China”, descreve. “O Ibovespa deve bater os 150 mil, 160 mil pontos em algum momento de 2024”, estima.
Nesta segunda, o Banco Safra elevou o preço-alvo para o Ibovespa de 142 mil pontos para 155 mil pontos no final do ano de 2024, considerando um cenário mais favorável para as empresas (maior previsão de lucros) e maior estabilidade na economia global.
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No exterior, os investidores reagem a novos sinais de que os juros americanos não cairão em março e ainda que o processo poderá ficar até mesmo para depois de maio. No domingo (4), o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reiterou que um corte na taxa de juros americana no mês que vem “não é o mais provável”. Disse ainda que o Fed não deve esperar a inflação alcançar seu alvo para começar a reduzir os juros.
O minério de ferro fechou com recuo de 0,63% em Dalian, na China, onde persistem os temores com o desaquecimento da economia e a poucos dias do início do feriado do ano novo chinês.