As ações do IRB (IRBR3) lideram com folga os ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira (4). Às 14h50, os papéis do ressegurador sobem 8,09%, cotados a R$ 41,95, após oscilarem entre máxima a R$ 42,07 e mínima a R$ 39,74. A forte alta ocorre após o BTG Pactual elevar a recomendação da empresa de venda para neutra.
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O banco também aumento o preço alvo dos papéis de R$ 40 para R$ 44, o que representa um potencial de valorização de 13,4% em relação ao fechamento de sexta-feira (1°), quando os ativos terminaram o dia cotados a R$ 38,81.
A alteração segue a visão da casa de que as margens do IRB estão agora em uma clara tendência de alta e os prêmios devem finalmente começar a crescer novamente, apesar da empresa ainda ter algumas contas a pagar este ano devido a contratos e subscrições ruins anteriores.
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Para os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, que assinam o relatório do BTG, a relação recompensa e risco da empresa melhorou. Esse indicador é uma métrica utilizada pelos investidores para comparar o lucro potencial de uma negociação com a perda potencial. Ou seja, ele indica quais são as potenciais recompensas para cada real aplicado.
Antes da publicação do relatório, o grupo do BTG realizou um encontro com a alta administração do IRB, representada pelo CEO da companhia, Marcos Falcão, e pelo vice-presidente de Resseguros, Daniel Castillo. “No geral, a conversa foi muito positiva, pragmática, honesta e direta. Dado o complexo histórico do IRB (para dizer o mínimo) com a gestão anterior, nós realmente saudamos a transparência de Falcão e Castillo”, destacou o banco.
Durante a reunião, Falcão teria detalhado as medidas que foram implementadas na companhia desde que ele assumiu o cargo em novembro de 2022, incluindo mudanças na área de RH (Recursos Humanos) e negociações com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ). A companhia também realizou alterações estruturais em 2023, que facilitaram a identificação e a priorização das contas mais estratégica e lucrativas.
O CEO ainda explicou que o quarto trimestre do último ano foi impactado por eventos pontuais significativos. Outubro foi atingido por mais sinistros (ocorrências passíveis de indenização por seguros) devido ao Furacão Otis, enquanto dezembro foi impactado pelas despesas do segundo programa de demissão voluntária da empresa, além das reservas prudenciais adicionais de sinistros constituídas por gerenciamento.
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Excluindo apenas esses dois últimos efeitos, o BTG acredita que o lucro líquido do IRB no quarto trimestre de 2024 tenha sido de aproximadamente R$ 60 milhões (assumindo uma alíquota de imposto de 30%), crescendo 20% trimestralmente. Vale lembrar que a divulgação do balanço oficial da empresa será no final de março, com as normas adotadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em seu relatório, o BTG ainda explicou que havia rebaixado as ações do IRB para venda em julho de 2023, em razão do preço dos papéis ter subido muito mais rapidamente do que os resultados da empresa à época. No entanto, desde o rebaixamento, as ações caíram aproximadamente 22%, o que, aliado à melhoria dos balanços e à retomada do crescimento, levou o banco a atualizar a recomendação dos papéis e elevá-la para neutra. “Vemos espaço para que nossa tendência nas ações melhore ainda mais ao longo do ano. Por enquanto, somos neutros”, destaca.