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Ibovespa hoje: índice alcança marca inédita de 136 mil pontos; dólar fecha em baixa a R$ 5,41

Os rumos dos juros no Brasil e no exterior ganham destaque no índice da Bolsa hoje. Confira os detalhes

Ibovespa hoje: índice alcança marca inédita de 136 mil pontos; dólar fecha em baixa a R$ 5,41
O Ibovespa é o principal índice da B3 (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

Após iniciar a semana na marca dos 133 mil pontos (133.953,32 pontos) – veja aqui –, o Ibovespa hoje ganhou força e ultrapassou o nível inédito de 136 mil pontos nesta segunda-feira (19). O principal índice da Bolsa chegou aos 136.179,21 pontos na máxima do dia. À tarde, porém, a aceleração diminuiu e levou o Ibov ao encerramento em 135.777,98 pontos, o que significa um avanço de 1,36% em comparação ao último pregão, de sexta-feira (16).

A valorização do principal índice da B3 hoje acompanhou a alta das bolsas americanas, em meio à redução das apostas de recessão nos Estados Unidos e diante da possibilidade crescente de queda dos juros no país em 0,25 ponto porcentual em setembro. “Há consenso de que haverá queda dos juros americanos em setembro, apesar de falas contrárias de alguns dirigentes do banco central dos Estados Unidos“, diz Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital. À noite, espera-se que o banco central chinês anuncie queda de suas principais taxas de juros.

Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou o pregão do dia em alta de 0,58%, enquanto o S&P 500 mostrou ganhos de 0,97% e a bolsa eletrônica Nasdaq fechou em avanço de 1,39%.

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Há ainda, de acordo com o Broadcast, uma expectativa de sucesso nas negociações de um cessar-fogo em Gaza, na Palestina, o que diminuiria as tensões no Oriente Médio, agravada nos últimos dias – confira mais aqui. Os contratos futuros do petróleo recuaram mais de 2,5% nesta segunda-feira, após acelerarem queda no fim do pregão. Investidores também monitoraram sinais de fraqueza na demanda da China.

O dólar, por sua vez, recuou 1,02% no pregão, acelerando a queda no final da sessão até em cerrar em R$ 5,4120.

O que movimenta o Ibovespa Hoje

Juros no Brasil e no exterior

Com crescimento das apostas de alta da taxa Selic no mês que vem, o diferencial de juros passa a ficar interessante e tende a atrair investidores ao Brasil, com consequências positivas para o Índice Bovespa hoje.

“Entramos em um cenário que é bom para o Brasil, ainda mais com chance de a Selic ser elevada. O carry trade (mecanismo utilizado para tentar obter lucros com base na diferença entre a taxa de juros de dois países) tanto em relação aos Estados Unidos, Japão e com Europa também reduzindo juros fica interessante”, avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

Na visão de Takeo, da Potenza Capital, a tendência de alta do índice da Bolsa hoje continua, mesmo que tenha fechado em baixa na sexta-feira (16) – veja aqui. Na ocasião, interrompeu uma série de oito altas seguidas, fechando com queda de 0,15% (133.953,25 pontos), após nova marca intradia histórica (134.781,44 pontos), encerrando a semana com ganhos. “O fluxo de estrangeiros está forte, e já soma R$ 4 bilhões em agosto”, afirma.

Nesta semana, os investidores esperam mensagens sobre o ritmo de corte dos juros nos Estados Unidos. Isso poderá vir da ata de sua última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira (21), do discurso de seu presidente, Jerome Powell, durante o simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira (23), e de falas de outros dirigentes do Fed nos próximos dias.

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Na última sexta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a instituição está muito incomodada com a desancoragem das expectativas, sugerindo alta o juro básico. Este movimento de expansão já vem sendo incorporado na curva futura há algum tempo e tem ganhado força entre os departamentos econômicos.

Boletim Focus

No boletim Focus, contudo, a mediana para os juros neste ano permaneceu em 10,50%, mas subiu de 9,75% para 10,00% para 2025. Houve novo recuo na previsão de Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do próximo ano e sutil aumento na de 2024. Veja os detalhes nesta matéria.

“A Pesquisa Focus desta segunda trouxe a segunda redução consecutiva das expectativas de inflação para 2025, embora mantendo a desancoragem em relação à meta que tem incomodado o BC, conforme reiterado na última sexta pelo presidente da instituição”, cita Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, em relatório para o Ibovespa hoje.

* Com informações do Broadcast