Após fechar em queda no pregão de quarta-feira (11), as ações Petrobras (PETR4) operam em baixa no pregão desta quinta (12). Próximo das 12h (de Brasília), os papéis preferenciais da companhia caem 1,02%, a R$ 36,90, enquanto que as ações ordinárias PETR3 cedem 1,15%, a R$ 40,49. O Ibovespa hoje cai 0,71%, aos 133.719 pontos.
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Os ADRs da Petrobras – American Depositary Receipts, recibos que permitem a investidores comprar nos EUA ações de empresas não americanas – registram movimento de queda de 1,58% em Nova York.
O movimento das ações não acompanham nesta quinta-feira (12) o desempenho do petróleo. Hoje o brent teve alta de 2,63%.
Goldman Sachs corta preço-alvo das ações da Petrobras em 10% e revisa projeção para Dividendos
O Goldman Sachs cortou o preço-alvo das ações da Petrobras em 10% e revisou as estimativas do potencial de dividendo extraordinário que a companhia poderá distribuir até ao final de 2025. O banco também revisou o valuation da empresa num contexto mais amplo e global, considerando novos patamares do preço do petróleo.
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O novo preço-alvo para a ação ordinária é de R$ 43,40 e para a ação preferencial é de R$ 39,40, o que representa um potencial de valorização de 5,9% e 5,7% sobre o fechamento dos papéis no pregão de ontem, respectivamente. A recomendação de compra foi mantida.
Em relatório, os analistas Bruno Amorim, Guilherme Costa Martins e Guilherme Bosso afirmam que veem espaço para a distribuição potencial de até US$ 6 bilhões em dividendos extraordinários, sendo US$ 4 bilhões até ao final do ano e US$ 2 bilhões no primeiro semestre de 2025.
“Isto deve ser visto como um limite máximo da potencial remuneração adicional que a Petrobras poderia anunciar, já que assume que a estatal reduziria a sua posição de tesouraria para o nível mínimo de US$ 8 bilhões exigido”, dizem.
Eles destacam ainda que a empresa poderia exceder o limite de dívida bruta de US$ 65 bilhões até o quatro trimestre de 2025, principalmente devido à entrada de novos passivos de arrendamento decorrentes da entrada em operação de novos FPSOs.
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“Caso a administração decida pagar a dívida para cumprir este limite máximo (em vez de ajustar para cima o limiar à luz do novo plano estratégico da empresa, previsto para novembro), isso poderia reduzir a disponibilidade de caixa e também representar riscos negativos para as nossas estimativas de dividendos extras”, observam.
“Mantemos a recomendação de compra para os papéis da Petrobras, pois ainda vemos um spread de 3% para o fluxo de caixa livre no ano comparado a grandes empresas globais combinado com potenciais dividendos extraordinários a serem distribuídos ao longo dos próximos meses”, escrevem os profissionais.
No entanto, o Goldman afirma prever um potencial de valorização menor em comparação ao anterior. “Estimamos apenas 11% de fluxo de caixa livre em 2025 sob a hipótese de um preço do petróleo de US$ 70 por barril, mesmo assumindo uma redução significativa no investimento no próximo ano”, destaca o banco. O banco também ressalta a recente robustez do preço das ações petroleira face à fraqueza dos preços do petróleo.
O banco destaca que os preços do Brent caíram cerca de 20% desde junho e que a equipe global de matéria-prima reduziu recentemente o seu intervalo estimado para os preços do petróleo para US$ 70-85 o barril, dada a fraca procura contínua na China, a produção mais forte do que o esperado nos EUA e as surpresas positivas nos estoques da OCDE.
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(Com informações do Broadcast)