O Ibovespa hoje opera em queda, abaixo dos 134 mil pontos, diante do recuo das ações da Petrobras (PETR3;PETR4). Às 14h20 (de Brasília) desta quinta-feira (12), o principal índice da B3 recua 0,54%, aos 133.954,61 pontos, depois de oscilar entre máxima a 134.776,88 pontos e mínima a 133.591,05 pontos. O volume negociado até aqui é de R$ 9,5 bilhões.
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O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,2% em agosto ante julho, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. “Os dados divulgados hoje reforçam que o Federal Reserve (Fed) deve cortar os juros em apenas 0,25 ponto percentual em setembro. Este ano também temos eleição nos Estados Unidos, então o mercado não deve esperar nada mais brusco na economia de lá”, afirma Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.
Com as expectativas concentradas em um aperto monetário mais tímido pelo Fed, as Bolsas de Nova York operam em alta. Nasdaq sobe 0,82%, enquanto Dow Jones e S&P 500 registram ganhos de 0,42% e 0,60%, respectivamente. Entre as ações de destaque, a Nvidia (NVDA) avança 2,15%, depois de já ter disparado 8,15% na véspera, em meio a rumores de que os Estados Unidos estão considerando permitir que a empresa exporte chips avançados para a Arábia Saudita.
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Enquanto o cenário é positivo para os índices acionários americanos, não se pode dizer o mesmo da Bolsa brasileira. Isso porque os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4), de grande peso para o Ibovespa, operam em queda e prejudicam o desempenho do índice. Enquanto os papéis ordinários da petroleira (PETR3) recuam 1,12%, os preferenciais (PETR4) cedem 0,97%
O movimento ocorre após o Goldman Sachs diminuir o seu preço-alvo para as ações da estatal, citando preços mais baixos do petróleo Brent. Ainda em relatório, a equipe do banco afirmou ver espaço para a distribuição potencial de até US$ 6 bilhões em dividendos extraordinários, sendo US$ 4 bilhões até ao final do ano e US$ 2 bilhões no primeiro semestre de 2025.
O novo preço-alvo para a ação ordinária é de R$ 43,40 e para a ação preferencial é de R$ 39,40, o que representa um potencial de valorização de 5,9% e 5,7%, respectivamente, sobre o fechamento dos papéis no pregão da véspera.
Entre as principais perdas do Ibovespa no pregão, estão as ações da Brava Energia (BRAV3), empresa resultante da união da 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3). Os papéis da companhia recuam 4,13%, em movimento de realização de lucros, depois da forte alta observada na quarta-feira (11), quando investidores reagiram aos dados de produção da companhia de agosto.
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No campo oposto do Ibovespa, as ações do IRB (IRBR3) sobem 1,57% e figuram entre as maiores altas do dia, tentando se recuperar das perdas de 4,61% da véspera, depois que o JPMorgan rebaixou a recomendação da empresa de neutra para underweight (o equivalente à venda), com preço-alvo de R$ 44.
Como é calculado o índice Ibovespa?
O sistema de pontos do índice da B3 busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a R$ 1. Assim, uma carteira com uma composição idêntica à do índice custa aproximadamente R$ 129 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.
Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.
A flutuação do Ibovespa hoje reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do índice Ibov sobe, significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.
*Com informações do Broadcast
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