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Ibovespa hoje tenta sustentar marca dos 130 mil pontos; veja o que dificulta

O índice hoje opera em baixa apesar da elevação do petróleo no exterior e das bolsas americanas. Entenda

Ibovespa hoje tenta sustentar marca dos 130 mil pontos; veja o que dificulta
Ibovespa é o principal índice da Bolsa. (Foto: Adobe Stock)

O Ibovespa hoje opera em baixa apesar da elevação nas cotações do petróleo no exterior e das bolsas americanas, em semana de agenda carregada aqui e lá fora. Às 12h desta segunda-feira (23), o índice cai 0,47%, aos 130.453 pontos.

A piora nas projeções no boletim Focus para a inflação e a taxa Selic se soma às preocupações dos investidores com as dificuldades fiscais. Além disso, a queda de 4,50% do minério de ferro em Dalian, na China, é outro fator a empurrar para baixo o principal índice da B3 hoje, ainda que tenha cedido 1,55%, aos 131.065,44 pontos na sexta-feira (20) – veja aqui.

Nos últimos minutos, o Índice Bovespa hoje quase perdeu a importante marca psicológica dos 130 mil pontos vista pela última vez em meados de agosto deste ano. Pela análise gráfica, deveria parar nos 130 mil pontos, diz Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil.

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“Mas os dados e explicações da semana definirão o curto prazo”, completa o economista, ao referir-se às divulgações da semana, como da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), IPCA-15 de setembro, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e explicações sobre o fiscal no Brasil.

O que impacta o Ibovespa hoje

Risco fiscal

Nesta segunda-feira, as atenções dos investidores ficam na entrevista do Ministério do Planejamento e Orçamento sobre o detalhamento do 4º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, após o governo decidir rever o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no orçamento depois de projetar uma melhora na arrecadação de 2024, mesmo com frustrações na entrada de receitas extraordinárias.

“O pessimismo com o fiscal continua contaminando os mercados. A leitura inicial do relatório é de uma certa falta de responsabilidade do governo, que pode deixar para a divulgação seguinte meados de novembro algum ajuste. O contingenciamento anunciado foi só de quase R$ 2 bilhões, é um pouco frustrante”, avalia Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

Na sexta (20), os ministérios do Planejamento e da Fazenda anunciaram que o congelamento foi de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões.

Além da queda do indicador hoje, os juros futuros e o dólar à vista ante o real avançam. “Coloca prêmio de risco incerteza fiscal. As taxas futuras avançam mais”, completa o analista da Empiricus.

Boletim Focus

Quanto ao relatório Focus divulgado nesta manhã, o mercado financeiro elevou a estimativa para a Selic ao final de 2024, depois que o Copom aumentou a taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual e divulgou comunicado considerado “duro” por analistas.

A projeção para a Selic passou de 11,25% para 11,50%, o que indica uma elevação de mais 0,75 ponto na taxa básica, hoje de 10,75% ao ano.

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Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a estimativa mediana em 2024 subiu de 4,35% para 4,37% e, para 2025, foi elevada de 3,95% para 3,97%.

Noticiário corporativo

O noticiário corporativo também fica no radar dos investidores. A Vale (VALE3)  informou que o seu Conselho de Administração aprovou a data de 1º de outubro para início de Gustavo Pimenta como próximo presidente. Assim, Eduardo Bartolomeo encerra o seu mandato já no próximo dia 30 de setembro.

Após cederem perto de 1,00%, as ações da Vale passaram a avançar 0,12%, negociadas a R$ 57,42, por volta das 11h51. “É uma boa notícia, pois vira a página em relação à sucessão da mineradora e o investidor não tem de esperar 2025 para ver o novo presidente atuar”, diz Spiess, da Empiricus.

Já a Usiminas (USIM5) teve sua recomendação rebaixada de overweight (equivalente a compra) para underweight (equivalente a venda) pelo JPMorgan, que também diminuiu o preço-alvo para as ações de R$ 11 para R$ 5,50. As ações da Usiminas cedem em torno de 7,00%.

Além disso, a gestora de investimentos Opportunity vendeu sua participação de aproximadamente 48% da Santos Brasil (STBP3) para a CMA CGM, empresa global de transporte e logística. Santos Brasil avança mais de 15% no Ibovespa hoje – saiba mais aqui.

*Com informações do Broadcast

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