As ações da Vale (VALE3) operam em queda nesta terça-feira (12), após terem chegado a registrar alta pela manhã. Às 16h04, os papéis da mineradora recuam 0,13%, cotados a R$ 61,14, oscilando entre máxima a R$ 62,57 e mínima a R$ 60,90. Por trás do movimento de baixa, está o temor do mercado em relação a uma possível ingerência política na mineradora.
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Na noite de segunda-feira (11), a empresa informou que José Luciano Duarte Penido renunciou ao cargo que ocupava desde 2019, como membro do Conselho de Administração da empresa. “Diante desta manifestação, a Vale esclarece que o Conselho de Administração seguirá o curso regular de seus trabalhos, em conformidade com o Estatuto Social e as políticas corporativas da Vale, em linha com as legislações aplicáveis”, indicou a mineradora em comunicado enviado ao mercado.
Penido, em sua carta de saída, afirmou que o processo sucessório do comando da mineradora “vem sendo conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política”. Destacou ainda que o procedimento tem sido operado por frequentes vazamentos à imprensa, em descompromisso com a confidencialidade.
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Vale lembrar que o Conselho da companhia optou por manter Eduardo Bartolomeo no cargo de CEO da mineradora até o fim de 2024. Em comunicado na última sexta-feira (8), a Vale informou que o executivo irá apoiar a transição para a nova liderança no início de 2025, além de atuar como advisor (orientador) da companhia até dezembro do mesmo ano. Nesta reportagem, analistas ouvidos pelo E-Investidor opinam sobre a permanência de Bartolomeo no comando da empresa.
Além do temor por uma suposta interferência política, a desvalorização do minério de ferro no exterior também pesa sobre os ativos da Vale nesta terça. O contrato mais negociado da commodity no mercado futuro da Bolsa de Dalian, na China, para maio de 2024, fechou em queda de 2,23%. Por outro lado, o minério de ferro negociado na Bolsa de Cingapura, para entrega em abril de 2024, valorizou 1,77%.