O Ibovespa hoje ampliou o ritmo de alta desde o início do pregão desta segunda-feira (12). Proximo das 14h40 (de Brasília), o índice subia 0,66%, aos 131.472,48 pontos – ante os 130.615 da abertura.
Leia também
A valorização dos principais mercados de ações mundiais e do petróleo impulsiona o principal índice da B3 hoje, que vai na contramão do recuo de 1,08% do minério de ferro em Dalian, na China.
O Índice Bovespa hoje saiu no nível dos 130 mil pontos para a marca dos 131 mil pontos nesta segunda-feira. Desta forma, volta a operar na pontuação vista pela última vez na segunda quinzena de janeiro deste ano.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Nesta segunda-feira, os investidores avaliam alguns resultados corporativos do segundo trimestre, como o prejuízo da Azul (AZUL4) após lucro um ano antes – veja detalhes aqui –, e as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do diretor Gabriel Galípolo, que participam de eventos. Confira a agenda completa da semana nesta matéria.
O que impacta o Ibovespa hoje
Mercados internacionais
Como reforça Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o recuo das bolsas americanas entre o dias 2 e 5 de agosto, principalmente, por conta de temores de uma recessão nos Estados Unidos, foi exagerada. Desde então, há um processo de recuperação principalmente por dois fatores. “Dá continuidade”, afirma.
Na visão do estrategista-chefe Alexandre Mathias, da Monte Bravo, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve cumprir roteiro do cenário-base da corretora, cortando sequencialmente no ritmo de 0,25 ponto porcentual partir de setembro. De todo modo, há viés de baixa nas taxas futuras de juros no Brasil nesta segunda-feira, o que estimula algumas ações ligadas ao ciclo econômico.
Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida estadunidense) também passaram a ceder nesta manhã. “Há uma rotação setorial de ações de big techs para papeis da economia tradicional, por exemplo, que era um tema que vinha antes de sexta e de segunda passadas”, diz o analista da Empiricus.
Outro ponto, cita Spiess, é a ansiedade dos investidores enquanto esperam novos sinais da economia americana por parte principalmente do CPI, índice de preços ao consumidor, que sairá na quarta-feira (14). “Se desacelerar ou vier abaixo do esperado, podemos ter um sentimento mais positivos para os preços de ativos de risco globais, porque aumentaria a chance de corte dos juros americanos em setembro, diz.
Boletim Focus
Ao mesmo tempo, os investidores avaliam os sinais moderados de alívio na expectativa para a inflação brasileira em 2025. A mediana das projeções para o indicador fechado no ano que vem diminuiu de 3,98% para 3,97% em 2025, foco da política monetária, no boletim Focus divulgado nesta segunda-feira. “É uma notícia boa. Afinal de contas é a primeira queda desde março”, afirma a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese.
Publicidade
Contudo, a economista pondera que o arrefecimento não significa mudança de cenário, lembrando que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho veio forte – veja aqui. Na ocasião, elevou as apostas de alta da Selic. Para 2024, a estimativa no boletim para o indicador deste ano subiu de 4,59% para 4,75%.
Apesar de o IPCA de 2025 ser o principal foco da política monetária, Spiess, da Empiricus, acredita que os agentes do mercado estão atentos à inflação de curto prazo, já que o IPCA de julho no acumulado de 12 meses, informado na sexta-feira (9), de 4,06%, está se aproximando cada vez mais do teto da banda do Banco Central (BC), de 4,50%. “Assim, as atenções ficam mais para o curto prazo. Tem tanta coisa para acontecer até 2025, principalmente no fiscal, ainda mais agora com a volta do Congresso aos trabalhos”, diz.
Aliás, em meio a riscos fiscais, a Monte Bravo manteve, nesta segunda-feira, sua projeção para o Ibovespa no final deste ano em 145 mil pontos. A estimativa ficou inalterada apesar da recente deterioração nos mercados mundiais, afirma o relatório assinado pelo estrategista-chefe Alexandre Mathias.
Segundo ele, muitos papéis terão desempenho bem superior ao Ibovespa. “Ativos brasileiros hoje só irão surfar a onda favorável, se o ajuste fiscal for crível”, alerta.
Destaques na Bolsa
A Azul lidera o grupo das quedas ao ceder 10,44%, no valor de R$ 7,12. O movimento ocorre após divulgar prejuízo bilionário no segundo trimestre, revertendo o lucro registrado no mesmo trimestre do ano passado.
Na ponta positiva do Ibovespa hoje, estão as ações do Magazine Luiza (MGLU3), avançando 4,78%, no valor de R$ 13,58.
Publicidade
*Com informações do Broadcast