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- A companhia divulgou na noite de quinta-feira que fechou 2020 com prejuízo de 1,5 bilhão de reais
(Reuters) – O IRB Brasil terá lucro neste ano e voltará a divulgar previsões de desempenho anual, disse nesta sexta-feira o presidente da resseguradora, Antonio Cássio dos Santos, que afirmou que a empresa concluiu em 2020 a revisão do portfólio de ativos que deve fazê-lo voltar “a pleno vapor” em 2022.
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A companhia divulgou na noite de quinta-feira que fechou 2020 com prejuízo de 1,5 bilhão de reais. As ações da empresa só não recuavam mais que os papéis da Petrobras, que por sua vez eram impactados por ameaças do presidente Jair Bolsonaro contra a direção da petrolífera.
Questionado em teleconferência com analistas e investidores se seguirá no IRB, Santos afirmou que “nas próximas três a quatro semanas poderemos chegar a um denominador comum”. Ele disse ainda que o compromisso de sua gestão é entregar o retorno da resseguradora a uma situação de conformidade com limites mínimos de capital definidos pela autoridade do setor, Susep, algo que segundo ele foi conseguido na segundo metade de 2020.
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“Isso demandou um esforço sobre-humano…levantar 4,8 bilhões de reais em seis meses”, disse Santos. “Tenho que considerar o meu desgaste e os anos de vida que perdi pelo estresse dos últimos seis meses”, afirmou.
Em 2020, a companhia foi atingida por denúncias de fraudes e obrigada a fazer um ajuste bilionário para voltar a obedecer enquadramento regulatório de índices de liquidez e cobertura de provisões técnicas. Após a mudança na gestão, com a entrada de Santos, e as ações para sanear a companhia, o IRB terminou 2020 com o recorde de ativos financeiros de alta liquidez de sua história, de 8,3 bilhões de reais.
O presidente do IRB comentou que a companhia vai divulgar previsões de resultado para 2021 e 2022 após a assembleia ordinária de acionistas, marcada para 29 de março. Segundo ele, o desempenho deste ano será melhor que em 2019, com a empresa voltando a apresentar lucro.
O otimismo é baseado em parte na revisão do portfólio, que incluiu o cancelamento de quase todos os contratos junto ao setor aéreo e saída da empresa do segmento imobiliário internacional, focando em contratos mais rentáveis. Santos afirmou que cerca de 500 contratos foram revisados.
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“O portfólio do futuro será melhor que o do presente e o presente é imensamente melhor que o do passado”, disse ele.