A próxima temporada de balanços pode trazer as empresas de papel e celulose como destaques do segundo trimestre, na visão do Itaú BBA. Segundo o analista Daniel Sasson, tanto a Suzano (SUZB3) quanto a Klabin (KLBN11) devem apresentar uma melhora nos números, embora partindo de uma base de comparação mais fraca.
Para a Vale (VALE3), Sasson acredita que a queda dos preços do minério de ferro devem pesar sobre a companhia no período, mas a sazonalidade dos volumes devem sustentar resultados estáveis para a mineradora.
A Gerdau (GGBR4), segundo o analista, também deve se destacar nesta temporada de balanços, com resultados impulsionados pela melhora no desempenho na América do Norte, embora mais fracos do que as expectativas anteriores. Já da Usiminas (USIM5), se espera deve apresentar não apenas uma queda nos resultados da mineração, mas também um desempenho mais fraco na siderurgia.
“Dada a recente queda nos preços das commodities e um real mais forte, acreditamos que o foco nesta temporada estará na perspectiva das empresas quanto à sua capacidade de entregar melhorias em volumes e custos para evitar quedas nos resultados nos próximos trimestres”, informou Sasson.
O que esperar para balanços de empresas de papel e celulose?
Klabin e Suzano
Para o Itaú BBA, a expectativa é que Klabin apresente alta de 16% em relação ao trimestre anterior em seus números, com resultados de receita mais robustos e melhor desempenho de custos em todos os níveis.
“Acreditamos que essa melhora estabelece uma base sólida para o terceiro trimestre de 2025, o que nos deixa confortáveis com nossa estimativa de Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) de R$ 8,15 bilhões para 2025″, informou.
Já para a Suzano, o banco espera que os resultados devem aumentar 22% em relação ao trimestre anterior, beneficiando-se de uma base de comparação baixa, já que o primeiro trimestre de 2025 foi impactado por um cronograma intenso de paradas para manutenção. “Olhando para o futuro, acreditamos que os investidores se concentrarão em equilibrar uma potencial queda nos custos e uma maior melhora no volume com preços de celulose realizados mais baixos e um real mais forte.”
Vale e Gerdau
Para o Itaú BBA, a Vale deverá reportar resultados sequenciais estáveis, visto que os menores preços realizados do minério de ferro e os custos mais altos deverão ser compensados por volumes maiores. “Para o futuro, acreditamos que os investidores se concentrarão em equilibrar uma potencial queda nos custos e novas melhorias no volume com preços de referência do minério de ferro mais baixos e um impulso mais fraco para os prêmios de qualidade”, diz o analista.
Já para a Gerdau a expectativa é de um aumento de 6% no Ebitda de abril a junho em relação ao trimestre anterior, já que as melhorias na América do Norte mais do que compensaram a queda no Brasil. No entanto, o Itaú pondera que expectativa é de que os resultados sejam inferiores à estimativa anterior do banco devido ao desempenho de custos no Brasil, que foi inferior ao esperado.
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“Para o futuro, esperamos uma melhora sequencial nos resultados consolidados do terceiro trimestre, impulsionado por uma sazonalidade mais forte, custos mais baixos no Brasil e preços potencialmente mais altos na América do Norte”, disse o banco.
Usiminas
Para a Usiminas, o banco acredita que a companhia deverá reportar uma queda de 36% nos resultados trimestrais, impulsionada pelo desempenho mais fraco nas divisões de siderurgia e mineração. “Olhando para o futuro, não descartamos uma deterioração adicional nos resultados, impactada pela queda nos preços do minério de ferro e por uma potencial queda nos preços do aço, que poderia ser parcialmente compensada por reduções nos custos na produção do aço.”, diz o Itaú BBA em relatório sobre as empresas de papel e celulose.