O analista sênior de ESG na Itaú Asset, Alexandre Gazzotti, avalia que o investimento de impacto – que busca investir em empresas que geram externalidades positivas – é a “nova fronteira” do investimento responsável. Ele destaca que é possível olhar para esse tipo de alocação com riscos e retornos de mercado, assim como “qualquer outro produto”, mas com “mudanças positivas para a sociedade e para o meio ambiente”.
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“Hoje as gestoras, de maneira geral, já têm responsáveis para fazer a análise ESG. O próximo passo é o investimento de impacto. Como a gente consegue promover e investir mais naquelas empresas cujas atividades principais geram externalidades socioambientais positivas”, disse Gazzotti, durante participação no evento Z Summit, em São Paulo, no sábado, 6. “Investimento de impacto é a nova fronteira do investimento responsável. Ainda está muito incipiente no mundo, mas passamos a bola adiante para vocês”, acrescentou, direcionando-se ao público jovem que acompanhava o congresso.
Para Reinaldo Le Grazie, sócio e fundador da Panamby Capital e ex-diretor de política monetária do Banco Central, há uma dualidade de pensamentos entre a empresa precisar ter responsabilidade social ou gerar lucro e pagar impostos. “Tenho certeza que, entre essas duas ideias, está o correto”, disse. Ele avalia que o investimento de impacto veio para “abrir um leque” ao mercado, com a participação privada em alguns investimentos nos quais a participação estatal é essencial – dado o nível de risco e iliquidez.
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Além disso, a mensuração dos investimentos de impacto é outro ponto importante, destaca Vinicius Poit, presidente executivo (CEO) do Estímulo. “Não adianta falar que faz impacto se não mensurar com indicadores”, afirma.