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JBS tem lucro bilionário e o melhor trimestre da história da companhia

O lucro líquido foi de R$4,4 bilhões

JBS tem lucro bilionário e o melhor trimestre da história da companhia
Fachada da JBS. (Foto: J.F. Diorio/Estadão)

(Reuters) A JBS, segunda maior companhia de alimentos do mundo, reportou lucro líquido recorde de 4,4 bilhões de reais no segundo trimestre, alta de 29,7% no comparativo anual, impulsionada pelo desempenho das operações na América do Norte, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira, 11.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da empresa também atingiu máxima histórica ao fechar o trimestre em 11,7 bilhões de reais, avanço de 10,3% na mesma base de comparação.

Na mesma linha, a receita líquida consolidada subiu 26,7%, para 85,6 bilhões de reais.

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“Esse trimestre que estamos apresentando agora, o segundo, é o melhor de todos os trimestres da história da companhia. É o melhor em faturamento, em lucro líquido e o melhor operacional, em termos de Ebitda”, disse à Reuters o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni.

Com isso, a empresa anunciou que fará a antecipação de distribuição de dividendos intercalares no valor de 2,5 bilhões reais, o que representa 1 real por ação, a serem pagos em 24 de agosto de 2021.

“Estamos conduzindo a JBS com olhos no futuro, mas sem perder o foco no curto prazo”, afirmou o executivo, ressaltando que a empresa tem avaliado oportunidades de crescimento por meio de aquisições e investimentos internos, mas, ao mesmo tempo, gera retorno para o acionista.

Ele disse que as condições de mercado na América do Norte foram muito positivas, tanto em relação ao ciclo do gado –que favorece a JBS USA Beef– quanto no desempenho da PPC, que inclui a importante produtora de frangos Pilgrim’s.

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Soma-se a isso o retorno do consumo local e do food service nos EUA, após etapas mais críticas da pandemia da Covid-19, e demanda aquecida para exportação partindo das operações norte-americanas, que impulsionou o preço da carne.

O resultado foi um Ebitda no segundo trimestre de 7,1 bilhões de reais (+13) para a JBS USA Beef e de 2,5 bilhões de reais para a PPC, que saltou 125,3% no ano a ano. Somente a JBS USA Pork teve recuo de 19,2%, para 853,9 milhões.

Em receita, as três unidades norte-americanas marcaram saldo positivo, com destaque para a alta de 18,8% da JBS USA Beef, a 35,7 bilhões de reais e avanço de 26,6% na PPC, para 19,2 bilhões de reais.

ADVERSIDADES NO BRASIL

Marcadas por gargalos logísticos para a exportação, como falta de contêineres, e altos custos, principalmente com grãos usados na ração, as operações da JBS no Brasil amargaram desempenhos operacionais negativos no segundo trimestre, apesar das receitas terem subido apoiadas a preços melhores.

O CEO lembrou também que houve impacto no trimestre de uma suspensão temporária do embarque de aves imposta pela Arábia Saudita sobre unidades da companhia, em maio.

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“Todos os indicadores de saúde das marcas são muito positivos. O que tivemos foram questões situacionais, dos grãos e Arábia Saudita”, pontuou Tomazoni.

Neste contexto, o Ebitda ajustado da Seara atingiu 808,7 milhões de reais, queda de 25,1% no ano a ano. Já a receita subiu 39,8%, para 8,9 bilhões de reais, sendo 4,7 bilhões provenientes do mercado externo.

Quanto à despesa com farelo de soja e milho, usados na ração, a Seara vem compensando parcialmente com repasses aos preços, aliados a um melhor mix de mercados e foco em gestão de eficiência operacional –estratégia que inclui a importação do cereal para complementar a oferta local após quebra de safra no Brasil.

Conforme antecipado pela Reuters, Tomazoni confirmou que a JBS negociou a compra de 30 navios de milho no mercado externo e disse que ainda não vê melhora significativa no cenário de oferta do país.

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“Não temos outras negociações além destes 30 navios, mas isso não quer dizer não faremos mais, se necessário for”, admitiu o CEO, sem descartar a hipótese de novas importações até o fim do ano.

No segmento de bovinos, a JBS Brasil registrou Ebitda de 439,4 milhões de reais no segundo trimestre, 63,4% menor que no mesmo período do ano anterior, “impactado pelo alto do custo de produção, notadamente no preço médio de aquisição do boi”.

A receita líquida, por sua vez, atingiu 12,7 bilhões de reais, 46% maior que um ano antes, impulsionada por um aumento de 17,3% no número de bovinos processados no período.

Com base no consolidado da companhia, e apesar dos gargalos no Brasil, as projeções seguem positivas para a JBS, como um todo.

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“As perspectivas para o segundo semestre são boas, em termos de caixa e de Ebitda”, antecipou o CFO da empresa, Guilherme Cavalcanti.

 

 

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