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Juros: taxas oscilam em leve alta com mercado à espera de payroll nos EUA

Agenda e noticiário domésticos hoje esvaziados também não conseguiram ditar a dinâmica do mercado

Juros: taxas oscilam em leve alta com mercado à espera de payroll nos EUA
(Foto: Envato Elements)

Os juros futuros operaram majoritariamente com viés de alta nesta quinta-feira, acompanhando o compasso de espera dos demais mercados pelo payroll norte-americano de setembro, amanhã. A oscilação das taxas foi limitada, tendo de um lado o comportamento comedido dos Treasuries e o recuo do petróleo e, de outro, o avanço, também moderado, do dólar ante o real. Agenda e noticiário domésticos hoje esvaziados também não conseguiram ditar a dinâmica do mercado.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 11,00%, de 10,97% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 avançou a 10,88%, de 10,84%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 11,14%, de 11,08%. O DI para janeiro de 2029 projetava taxa de 11,63%, de 11,57%.

A pouca disposição para o risco se manifestava já pela manhã, com taxas oscilando em alta e o mercado evitando assumir posições antes da divulgação do relatório de emprego nesta sexta-feira, depois de dois indicadores divergentes sobre o emprego nos EUA esta semana. Enquanto o relatório Jolts, na terça-feira, sugeria um mercado de trabalho aquecido em agosto, os dados da pesquisa ADP, ontem, apontaram criação de vagas no setor privado em setembro abaixo do esperado. Nesta quinta-feira, o número de pedidos de auxílio-desemprego da última semana subiu menos do que o previsto.

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“Quem vai ditar o ritmo dos mercados será mesmo o payroll”, afirma o economista da MAG Investimentos Felipe Rodrigo de Oliveira, que considerou também discreta a movimentação de hoje nos Treasuries. No fim da tarde, o yield da T-Note de dez anos estava em 4,71%, de 4,72% ontem. O petróleo depois de ter caído 5% ontem, hoje recuou 2%, com as cotações mais próximas de US$ 80 por barril, ainda pressionado pelos temores sobre a demanda. Já o dólar se voltou contra parte das divisas emergentes, em especial latino-americanas. Ante o real, a moeda seguiu acima dos R$ 5,15.

O consenso das expectativas para o payroll coletadas pelo Projeções Broadcast é de geração de 175 mil vagas nos EUA no mês passado. O economista-chefe do PicPay, Marco Caruso, trabalha com 170 mil, “número bom e saudável, mas que representaria o quarto mês seguido de criação de vagas abaixo de 200 mil, fato que não acontece desde 2018”, destaca. Sobre a renda fixa doméstica, mesmo com o desmanche recente, Caruso diz que ainda tem muita posição aplicada em prefixados. “A leitura é de que estamos numa janela ruim de mercados, mas os alguns fundamentos ainda ancoram o ciclo de cortes da Selic“, explica.