Os rendimentos dos Treasuries oscilaram entre ganhos e perdas ao longo da sessão desta segunda-feira e chegaram ao fim da tarde com viés negativo. Dado aquém do esperado nos EUA impôs pressão sobre os retornos, mas o movimento foi contraposto pela possibilidade de mais aperto monetário do Federal Reserve (Fed) à frente.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 4,857%, da T-note de 10 anos cedia a 3,951% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,001%
O índice de gerente de compras (PMI) americano medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM) de Chicago subiu para 42,8 em julho, mas frustrou a previsão de analistas. O indicador pesou sobre os prêmios dos títulos públicos pontualmente, mas foi insuficiente para mudar significativamente a aposta majoritária por manutenção dos juros do Fed em setembro.
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Em entrevista ao Yahoo Finance, o presidente da distrital do Fed em Chicago, Austan Goolsbee, reconheceu os progressos recentes no combate à inflação nos EUA. No entanto, o dirigente evitou descartar uma nova alta da taxa básica este ano.
Para o BMO Capital Markets, a declaração, vinda de um dirigente considerado “dovish”, ilustra o compromisso do BC americano em se manter guiado pelos dados. “Considerando que a credibilidade do Fed como um combatente da inflação permanece sob escrutínio, o desempenho do CPI inflação ao consumidor e do payroll durante julho continuará sendo a questão central – e presumivelmente o fator definidor para a direção das taxas dos EUA”, prevê.
À tarde, o relatório do Fed sobre Práticas de Empréstimos Bancários (SLOOS, na sigla em inglês) apontou que bancos americanos esperam, de maneira geral, apertar ainda mais os padrões de crédito até o final de 2023.