A Kepler Weber (KEPL3), líder no mercado de equipamentos para armazenagem de grãos, obteve lucro líquido de R$ 66,6 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 42,4% ante os R$ 115,6 milhões apurados em igual período do ano passado, informou a companhia nesta terça-feira. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 88,3 milhões, queda de 43,3%. A receita líquida da companhia diminuiu 21,4% na mesma comparação, para R$ 405,6 milhões. No segundo trimestre de 2023, o mercado interno representou 92% da receita líquida, e o externo, 8%, em comparação a 91% e 9%, respectivamente, um ano antes.
“Durante esse período, a empresa demonstrou um desempenho sólido, impulsionado por uma receita líquida que é a segunda melhor marca em terceiros trimestres da história da companhia, crescendo 44% em relação ao 2ºtri23”, disse a empresa em comunicado. A Kepler afirmou ainda que o Ebitda é o segundo maior em um terceiro trimestre, período que historicamente representa menor atividade.
A receita líquida do segmento Fazendas da Kepler no segundo trimestre de 2023 diminuiu 41,5% ante igual período de 2022, para R$ 145,6 milhões, ainda assim o melhor trimestre no setor em 2023. “Assim como observado no 1º semestre, a receita líquida do segmento foi impactada pelos menores preços praticados no mercado em função da queda dos preços da nossa principal matéria-prima, o aço galvanizado”, disse a Kepler. Por outro lado, a empresa ressaltou que o trimestre registrou uma retomada no faturamento em Fazendas, com incremento de 76,3% ante o trimestre anterior, “reflexo da sazonalidade favorável do período em conjunto com o impulso do maior PCA da história em julho/23, liberando diversos pedidos que estavam represados no 1º semestre.”
Já o segmento de agroindústrias gerou R$ 154,2 milhões em receita líquida no segundo trimestre, alta de 3,6% na comparação anual. O resultado, que avançou 81% ante o trimestre passado, refletiu a produção recorde da safra 2022/23 e expectativas para 2023/24, além de maior demanda das cooperativas, cerealistas e agroindústrias, o que as leva a fazer novos investimentos. “O escoamento de grãos também não teve a mesma velocidade da estocagem, acelerando assim o aumento da demanda de capacidade de armazenagem do segmento”, completou a Kepler.
A receita de negócios internacionais caiu 33,5%, para R$ 31,3 milhões, ainda que tenha sido o melhor trimestre do ano. Segundo a Kepler, a queda foi motivada principalmente por menores vendas no Paraguai e Uruguai.
O segmento de portos e terminais teve receita líquida de R$ 3,2 milhões no segundo trimestre, 76,6% menor do que a de igual período de 2022. A Kepler explicou que o desempenho foi resultado da “natureza de execução dos grandes projetos em Portos e Terminais, gerando volatilidade no faturamento”. Ainda assim, a empresa prevê crescimento no 4ºtri23 e no ano que vem.
A receita líquida de reposição e serviços aumentou 24,7%, atingindo R$ 71,3 milhões. A Kepler destacou que no segmento foi consolidado, de março a setembro de 2023, a receita da Procer. “Portanto, a receita líquida ajustada pelos efeitos da consolidação da aquisição (sem considerar a Procer) mostraria um aumento de 8,6% e 9,6% sobre o 3T22 e acumulado de 2022, respectivamente.”
