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Legacy prepara portfólio “orientado ao risco”, de olho nos juros nos EUA

A gestora acredita que o Fed deve iniciar o relaxamento monetário enquanto o crescimento do país segue “robusto”

Legacy prepara portfólio “orientado ao risco”, de olho nos juros nos EUA
(Foto: Envato)

A Legacy Capital acredita que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve iniciar o ciclo de cortes de juros enquanto o crescimento dos Estados Unidos segue “robusto”, o que deve oferecer suporte aos ativos de risco. Assim, a gestora está compondo um portfólio orientado nessa direção.

“Acreditamos que o Federal Reserve iniciará um processo de flexibilização da política monetária em meio a um cenário de crescimento econômico americano ainda robusto. Esta combinação é oposta à ocorrida em 2022, período em que houve um aperto monetário em meio a uma desaceleração econômica”, descreve a equipe de gestão da Legacy, em carta mensal.

Embora avalie que essas expectativas já estejam precificadas, refletindo-se em um P/E (preço/lucro) de 21x para o índice S&P 500, a Legacy afirma que “a interação entre o crescimento econômico e as ações do Fed deverá continuar oferecendo suporte aos ativos de risco”. Diante do cenário, a gestora mantém a preferência por ações, commodities e inclinação da curva de juros futuros, enquanto tem o dólar americano e a volatilidade como posições de hedge (proteção) tático para compor um “portfólio orientado ao risco”.

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Já no Brasil, a gestora avalia que o mercado está no “limiar de um novo ciclo de realocação em ativos financeiros”, diante da redução dos juros pelo Banco Central e do crescimento econômico “moderado”. “Após o período de popularidade dos investimentos em instrumentos de renda fixa isentos de impostos, prevemos redirecionamento de fluxos para ativos de risco”, diz a Legacy.

Os portfólios locais da gestora estão alinhados com os globais, segundo a carta mensal. Sem a perspectiva de uma “valorização significativa” para o real no futuro próximo, a Legacy o utiliza como hedge para os demais ativos de risco locais, “especialmente títulos indexados à inflação (NTN-Bs) e ações domésticas”.

Resultado em março

Em março, o Legacy Capital B FIC apresentou alta de 1,22%, acumulando valorização de 8,00% em 12 meses. Segundo a carta, houve ganhos com a carteira de commodities, com a estratégia de volatilidade e com a posição comprada em peso mexicano ante real, enquanto as posições em juros representaram as perdas.