Os principais acionistas da Light (LIGT3) conseguiram emplacar a sua chapa para o Conselho de Administração, em Assembleia Geral Extraordinária encerrada na tarde desta terça-feira (18). Foram eleitos quatro novos nomes e mantidos cinco dos que já faziam parte do colegiado. A votação aconteceu em chapa. Também foi elevado o número de cadeiras, que era de sete e foi para nove.
A AGE para reformulação do Conselho de Administração foi convocada pela WNT Gestora de Recursos, do empresário Nelson Tanure, que em poucas semanas construiu uma posição de 28% do capital da Light.
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A nova chapa, que substituiu a formação eleita em assembleia ordinária realizada em junho, foi costurada em consonância com os outros maiores acionistas – o fundo Samambaia FIA, de Ronaldo Cezar Coelho (20%); e o fundo Santander PB FIA, de Carlos Alberto Sicupira (10%).
A partir de agora, os investidores aguardam para saber se haverá substituição de Octavio Pereira Lopes no cargo de diretor-executivo.
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Por sua vez, os credores da companhia têm a expectativa de que, com uma nova cúpula, as negociações sobre os pagamentos evoluam a partir do plano de recuperação apresentado pela Light.
Os novos integrantes do conselho são:
- Helio da Costa, ex-ministro das Comunicações, cujo nome foi ventilado para a presidência da companhia;
- Pedro Borba, que trabalhou em diversas empresas de Eike Batista e nos últimos anos se tornou o braço direito de Tanure;
- Wendell de Oliveira, ex-CEO da Copel Telecom, comprada por Tanure na privatização em 2020 e rebatizada de Ligga;
- Nelson Tanure, sócio da WNT Capital, maior acionista da companhia
Foram mantidos:
- Abel Alves Rochinha, presidente do conselho, que nos anos últimos anos foi executivo das empresas Invepar e do Grupo Enel;
- Firmino Ferreira Sampaio Neto, que já era vice-presidente na formação anterior. Ocupou cargos na Eletrobras, na Coelba e na Equatorial SA, entre outros;
- Helio Paulo Ferraz, vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, ex-presidente do Sinaval, ex-presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Equipamentos Navais e Offshore, ex-secretário de Energia do Estado do Rio de Janeiro
- Yuiti Matsuo Lopes, com carreira na área de private equity do Goldman Sachs e foi executivo da PepsiCo e Lazard. Hoje trabalha na LTS Investments, family office do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira ;
- Raphael Manhães Martins, advogado ligado à Tempo Capital
Rochinha, Sampaio Neto, Ferraz e Lopes são ligados à dobradinha de Ronaldo Cezar Coelho e a Carlos Alberto Sicupira.
Saíram do conselho Thiago Renno Osório, ex-diretor gerente do Rothschild e Ricardo Reisen de Pinho, ligado à Tempo e ao investidor Vitor Adler.
O núcleo formado pela gestora carioca Tempo Capital, de Paulo Bodin, e o Adler, que juntos detêm outros 10% da Light, chegou a pedir voto múltiplo, mas retirou o pedido porque não surgiram novos candidatos.
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