A Light (LIGT3) confirmou que se manifestou à Justiça contra o pagamento de honorários de assessores contratados por debenturistas, incluindo financeiros e de comunicação, entre outros, “por não ter obrigação de pagar por esses custos que lhes foram cobrados”.
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Conforme mostrou o Broadcast Energia mais cedo, a empresa encaminhou uma petição à 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, onde corre seu processo de recuperação judicial, criticando a postura dos agentes fiduciários das debêntures, considerada pela Light como “hostil”, “agressiva e pouco colaborativa”. No documento, ao qual a reportagem teve acesso, a empresa informava ao juiz que não pagaria os custos relacionados à contratação de assessores para defesa dos interesses dos debenturistas em relação à reestruturação financeira. Segundo a petição, a cobrança relacionada a esses serviços somaria cerca de R$ 2,5 bilhões, o que corresponderia a cerca de 15% da dívida concursal do grupo.
Em nota divulgada na segunda-feira (20), a Light reitera argumento presente na petição, de que a companhia não participou do processo de escolha e contratação desses assessores, e diz que agora está recebendo faturas “com cobranças que entende serem indevidas”.
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A Light informou ainda que, dentro de seu processo de recuperação judicial, apresentará uma proposta de reestruturação de sua dívida a todos os seus credores, incluindo os debenturistas, “em atenção aos dos prazos legais”.
“A companhia, junto de seus assessores, está trabalhando nessa proposta, mantendo conversas positivas com a maioria dos seus credores em busca da readequação de seu endividamento financeiro”, disse a empresa, em nota.
Na semana passada, fontes ligadas aos debenturistas revelaram à imprensa que a Light teria desistido do acordo de confidencialidade que permitia o início das negociações com credores que têm aproximadamente R$ 5 bilhões em debêntures da companhia. A empresa teria alegado que a direção não teria gostado da postura desses credores e seus representantes.