O ouro fechou em baixa moderada na sessão desta quinta-feira (5). A desvalorização ocorre enquanto o retorno dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) com vencimento de 30 anos continua subindo – o que tende a atrair parte da demanda que iria para o metal, já que os dois ativos competem por serem considerados seguros. Em contrapartida, a correção do dólar no exterior parece limitar as perdas da commodity, ao torná-la relativamente mais barata a operadores de outras divisas.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 0,16%, a US$ 1.831,80 por onça-troy.
“Os preços do ouro estão mais fracos depois que dado semanal de auxílio-desemprego se recusou a mostrar a chegada de uma desaceleração no mercado de trabalho”, escreveu o analista da Oanda Edward Moya, em relatório hoje.
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Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA avançaram 2 mil, a 207 mil – abaixo da previsão de 212,5 mil de analistas ouvidos pela FactSet. Moya afirmou que os números ainda estão em níveis historicamente baixos, o que deverá fazer os dirigentes do Federal Reserve (Fed) se aterem ao “script hawkish”.
“Wall Street continua mantendo uma postura bearish (com tendência baixista) em relação às ações, o que deverá eventualmente conduzir a fluxos de fuga à segurança do ouro”, projetou ele.
O estrategista-chefe de Mercados da World Gold Council, John Reade, disse que a cotação do ouro deverá subir quando o Fed iniciar o ciclo de relaxamento monetário. “Sabemos que o próximo movimento após um período de pausa nas altas de juros serão cortes nas taxas, e isso é muito favorável ao ouro”, afirmou ele no evento FT Mining Summit.