O ouro fechou em queda, nesta terça-feira (17). O contrato futuro do metal mostrou pouco fôlego, após ganhos recentes, mas oscilou entre ganhos e perdas ao longo do dia. Analistas agora avaliam se há espaço para mais altas, no quadro atual.
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O ouro para fevereiro fechou em baixa de 0,61%, em US$ 1.909,90 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A Oanda afirma em relatório que os preços do metal se consolidavam abaixo de máximas em oito meses. Para ela, a trajetória de aperto do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continua a ser um fator claro para a direção do metal, mas a Oanda também adverte para a chance de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) possa provocar sobressaltos no mercado de bônus global, com efeitos secundários também no mercado do ouro.
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O TD Securities, por sua vez, diz não ver evidência de pausa por enquanto nas compras em grande escala de operadores de Xangai, mas acredita que o movimento não deve se manter caso o contrato rompa a marca dos US$ 1.990 por onça-troy. Neste ano, o contrato do ouro avança mais de 4% em Nova York. O Commerzbank destaca que ele tocou máximas desde o fim de abril de 2022 recentemente, mas considera que, caso o mercado ajuste sua visão sobre o BC americano para mais próximo do que o próprio Fed sinaliza que fará, existe o risco de “sério potencial negativo” para o ouro.
O Morgan Stanley, por outro lado, considera que o preço do ouro pode ficar entre US$ 1.990 e US$ 2.200 a onça-troy neste ano. O banco diz que o dólar mais fraco deve apoiar o movimento, em quadro também de menor apelo pelos Treasuries. Os riscos de recessão igualmente apoiam a demanda pela segurança do metal, acrescenta o banco, segundo a agência Dow Jones Newswires.