Por Letícia Simionato – O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em queda nesta terça-feira, estendendo as perdas da sessão anterior. O dólar e os rendimentos dos Treasuries em alta, devido ao aumento da perspectiva de aperto monetário agressivo pelo Federal Reserve (Fed), pressionam o metal precioso.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou a sessão em baixa de 0,99%, a US$ 1.813,5 a onça-troy, na mínima desde 18 de maio, há mais de três semanas.
O Wells Fargo se juntou ao grupo de instituições que agora projetam aumento de 75 pontos-base na reunião desta semana, que termina amanhã com a divulgação da decisão monetária. A revisão ocorreu por conta da leitura de inflação ao consumidor acima do esperado na última sexta-feira e reportagens de ontem na imprensa americana relatando que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) pode fazer um aumento mais agressivo do que o de meio ponto porcentual sinalizado antes. Além do Wells Fargo, Barclays, Jefferies, JPMorgan e Nordea também esperam que o Fed eleve o juro básico em 75 pontos-base amanhã.
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De acordo com Edward Moya, da Oanda, os traders estão tentando calcular o quão agressivo o Fed será com o aumento das taxas de juros pelo resto do ano. “Independentemente de quão agressivo Powell esteja na conferência de decisão pós-FOMC, um diferencial de juros cada vez maior para o dólar em relação aos seus principais parceiros comerciais tornará a vida difícil para o ouro no curto prazo”, analisa, em relatório enviado a clientes.
O dólar norte-americano continua a “pegar um grande vento a favor do aumento das taxas de juros dos EUA, com o rendimento do Tesouro de 10 anos subindo para 3,45% antes da decisão de amanhã”, aponta Colin Cieszynski, estrategista-chefe de mercado da SIA Wealth Management. Para ele, o ouro pode chegar, durante a reunião do Fed, a US$ 1.785.